Nos últimos anos, Buritizeiro, no Norte de Minas, tem atraído a atenção de empreendedores do setor agropecuário, transformando a realidade local e gerando novas perspectivas. Atualmente, a região conta com cerca de 25 mil hectares de grãos irrigados, como soja, milho, trigo e arroz. A tecnologia e a qualificação técnica são fundamentais para o sucesso dos empreendimentos. Recentemente, o curso de Análise e Classificação de Soja e Milho, oferecido pelo Sistema Faemg Senar, destacou-se nesse contexto.
“O sindicato acompanha a chegada de novas empresas e projetos que demandam treinamentos específicos. A capacitação permite que o produtor atue de forma mais eficaz, especialmente em áreas novas. É uma vantagem importante ter conhecimento sobre a área de investimento”, afirma o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Buritizeiro, Audi Braga.
Realizado pela primeira vez na região, o curso contou com a participação de gestores e colaboradores de propriedades rurais. Os alunos aprenderam a verificar a qualidade produtiva dos grãos, um fator que impacta diretamente nos resultados comerciais e na capacidade dos empreendimentos.
“Entendemos como diferenciar as espécies de grãos e identificar os que possuem maior quantidade de proteína e amido, por exemplo. Esse conhecimento é crucial para classificar melhor nosso produto e negociar preços mais altos”, destaca o auxiliar administrativo da fazenda Rio Formoso, Carlos Roberto de Carvalho.
Segundo o instrutor do curso de Análise e Classificação de Soja e Milho, Renato Oliveira, a qualidade produtiva está inserida em todo o processo, desde a produção até a armazenagem. “Discutimos diversos fatores que influenciam a qualidade dos grãos, analisando e comparando amostras com os padrões exigidos pelo consumidor. A qualidade é um parâmetro essencial para a comercialização, podendo modificar o valor final do produto”, explica.
Nova fronteira do agro
Com clima favorável, terras agricultáveis e grande potencial hídrico, Buritizeiro está se consolidando como a nova fronteira do agronegócio no Vale do São Francisco. “Investidores estão chegando, e por isso chamamos nossa região de a mais nova fronteira do agro. Uma região capacitada facilita a chegada de novos empreendimentos”, reforça Audi Braga.
Recentemente, a região realizou a segunda edição da Feira Nacional do Agronegócio do Vale do São Francisco (Fenavasf), que movimentou cerca de R$ 100 milhões em negócios, com a venda e exposição de equipamentos agrícolas, implementos e inovação.
“O Sistema Faemg Senar, alinhado com o Sindicato, busca oferecer os melhores produtos na região, que possui um agronegócio profissional, inovador e tecnológico. Continuaremos oferecendo qualificação para fortalecer o agro local”, ressalta o gerente regional do Sistema Faemg Senar, Dirceu Martins.
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