DECEMBER 9, 2022


SAMU acaba de completar 20 anos de serviços prestados no Brasil e 17 em Montes Claros

O aniversário nacional foi 29 de setembro.

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Foto: Divulgação/ Samu Macro Norte

O SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) é um serviço de saúde público que opera em várias regiões do Brasil e visa prestar atendimento médico pré-hospitalar em casos de urgência e emergência. Que acaba de comemorar no dia 29 de setembro de 2023, 20 anos de implantação no Brasil, 17 anos em Montes Claros, e 14 de forma regionalizada, sob a administração do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência do Norte de Minas (Cisrun)/SAMU Macro Norte.

O SAMU é um componente importante do sistema de saúde do país e desempenha um papel crucial na assistência a pessoas em situações críticas.

“Pois, realiza, procedimentos, evita o agravo de pacientes com risco de morte antes da chegada ao hospital”, diz um orgulhoso enfermeiro, Antônio Osmar Santos Gusmão, que trabalha na instituição SAMU, há 17 anos, primeiro como condutor socorrista, e depois de vários anos, começou a fazer parte do Núcleo de Educação Permanente e como enfermeiro no suporte médico aéreo em Montes Claros, onde está até a presente data.

Já para ele, pessoalmente, o SAMU, “é o serviço de maior importância dentro da nossa sociedade. Porque trabalhamos com o bem maior que é a vida do ser humano. Pra gente, o objetivo é preservar e salvar a vida de pessoas que estão sem situações de risco de morte”, destaca.

Segundo Gusmão, o SAMU conta com uma equipe altamente treinada com recursos que vão ser empenhados de acordo com cada situação, com cada agravo de cada pessoa. “Dependendo de locais onde temos dificuldades maiores de chegar, temos motolâncias que conseguem reduzir esse tempo resposta, para que a equipe comece a realizar aqueles primeiros procedimentos para evitar um agravo maior do paciente”, explica.

O SAMU Macro Norte é o primeiro regionalizado do Brasil. O que difere dos outros, pois, em regiões maiores, explica o enfermeiro, isso faz a diferença. “Onde está pacientes que são chamados de tempo dependentes, que precisam ser operados com urgência, e se não chegar em tempo no hospital, não são mais passivos de ser feitas, o médico do SAMU disponibiliza um helicóptero, um serviço aéreo médico em qualquer região do Norte de Minas pra buscar esse paciente, porque o tempo é muito mais rápido do que uma ambulância e o tempo faz diferença nesses casos”, explica Gusmão.

“E quando o paciente está em grave eminente risco de morte, o médico manda ambulância avançada, e manda ambulância básica quando o paciente precisa apenas de cuidados menos intensos”, diz Gusmão.

Para ele, só quem trabalha diretamente é que sabe o quanto é importante um serviço, 100% SUS (Sistema Único de Saúde) e quanto o SAMU faz a diferença na vida dessas pessoas. “Então, é um serviço que salva milhares de vidas todos os anos na nossa região Norte Mineira, por isso, é um dos serviços de maior importância e relevância na nossa região”, diz orgulhoso.

São mais de 49 mil atendimentos realizados pelo SAMU Macro Norte em todo o Norte de Minas. Uma média mensal de 4 mil socorros realizados por mês.

17 anos de SAMU em Montes Claros e no Norte de Minas

O SAMU em Montes Claros iniciou como serviço municipal, em 2006. Com a Portaria do Ministério da Saúde nº 129, de 27 de janeiro de 2009, e a organização da Rede de Urgência e Emergência do Norte de Minas, em 2008, foi criado o SAMU Macro Norte, que passou a compreender uma área de atuação formada pelos 86 municípios do Norte de Minas, beneficiando cerca de 1,7 milhões de pessoas distribuídas em 122 mil km², uma área apenas um pouco menor que a Inglaterra, diga-se de passagem.

Antes da implantação do SAMU, uma pessoa que sofresse um acidente vascular cerebral em sua residência, por exemplo, muito provavelmente, seria levada até a unidade hospitalar mais próxima pelos familiares e só receberia atendimento especializado adequado quando finalmente chegasse ao local. Ainda existia a questão da disponibilidade de vaga no momento e essas peculiaridades levariam preciosos minutos que poderiam interferir nas chances de cura e recuperação do paciente e até mesmo de sua sobrevivência.

Hoje, o Complexo Regulador do Cisrun/SAMU está localizado em Montes Claros, onde funciona a Central de Regulação. O serviço ainda possui 44 bases descentralizadas – estrategicamente distribuídas na região – com 60 unidades móveis de atendimento, sendo 48 Unidades de Suporte Básico (USB) e 12 Unidades de Suporte Avançado (USA), 02 motolâncias e 01 helicóptero que, é operado em parceria com o Corpo de Bombeiros.

Foto: Divulgação/ SAMU Macro Norte

Relato de vida e gratidão

Para a cuidadora de idosos e bombeiro civil, Jerusa Maria  Gagliardi, sem os que ela chama de “anjos da guarda”, o Brasil era uma bagunça, aonde as pessoas não saberiam o que fazer e aonde ir. “São eles do SAMU que nos guiam e nos atendem de imediato. Na hora em que estão fazendo o atendimento, já entram em contato com os hospitais para onde direcionar o paciente. Então isso, conta como instituição que salva-vidas, isso faz a diferença”, diz Gagliardi.

Ela conta que esses 20 anos de SAMU no Brasil foi uma benção, pois, precisou da ajuda deles para atender a mãe e a filha, e sempre foi atendida. “Recentemente precisei deles de novo, pois, minha filha de 14 anos, e sempre precisa, por ter síndrome nó sinusal, que dá um ‘drastic’ batimento cardíaco nela, causando dores no peito, desmaio e por isso, tive que ligar para eles, que vieram imediatamente, onde atenderam, prestaram atendimento local, tão bem, que dessa vez, não houve necessidade de encaminhar ela para a policlínica. O atendimento foi tão bem-sucedido que me tranquilizou, pois, em quanto a enfermeira estava olhando minha filha, o socorrista estava me tranquilizando. Posso dizer sem medo de errar, que é um atendimento cheio de empatia, humanizado”, ressalta a cuidadora.

“Já com minha mãe, o SAMU chegou com destreza, desde a parte de atendimento e regulação, e se não fosse assim, minha mãe teria morrido em casa.  Com o atendimento deles, ela ainda foi levada, teve a oportunidade de ser atendida por médicos em um hospital, mesmo tendo falecido depois, mas teria sido tudo pior se ela morresse em casa sem atendimento”, explica Jerusa.

O caso de amor da cuidadora com o SAMU tem 12 anos, desde a primeira vez que precisou dos atendimentos deles. “E eu falo que é um caso de amor, pelo, o que eu já precisei e como fui atendida todas às vezes. E posso garantir que nesses tantos anos que precisei, fui atendida todas às vezes. Não tenho que reclamar”.

Jerusa finaliza dizendo, que “a instituição é abençoada. Obrigada! Obrigada! E obrigada SAMU, por existir!”.

Jerusa Maria Gagliardi com a filha Marina. Foto: arquivo pessoal

 

 

 

 

 

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