A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) lançou o Projeto Opará – Rio São Francisco, uma iniciativa para monitorar a qualidade da água do Velho Chico no trecho entre Pirapora e Januária.

O projeto conta com um barco-laboratório que servirá como base para pesquisas e ações educativas, reunindo moradores, pescadores e estudantes no monitoramento ambiental.

A ação é fruto de uma parceria entre a Unimontes, o Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (Caoma) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino Superior do Norte de Minas (Fadenor) e outras instituições.

O objetivo é criar uma rede de monitoramento comunitário, onde as pessoas que convivem diariamente com o rio possam relatar problemas ambientais às autoridades. O professor e pesquisador Maurício Faria, um dos coordenadores do projeto, destaca a importância da iniciativa para a preservação dos recursos hídricos, especialmente diante das mudanças climáticas.

“O projeto foi criado para gerar informações em tempo real sobre a qualidade da água, fornecendo dados essenciais para o planejamento e gestão dos recursos hídricos pelo Poder Público”, explica Maurício Faria, doutor em Ecologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Como parte das atividades, o barco-laboratório realizará uma expedição de sete dias pelo Rio São Francisco, com coletas e análises ambientais. Além disso, o projeto produzirá um documentário para registrar a iniciativa e ampliar a conscientização sobre a preservação do rio.

O reitor da Unimontes, Wagner Santiago, reforçou o apoio da universidade ao projeto e destacou os avanços já obtidos com estudos ambientais realizados na região. “A universidade, junto aos parceiros, está contribuindo diretamente para a preservação da Bacia do Rio São Francisco, um patrimônio natural do Brasil”, afirmou.

Solenidade de lançamento

O Projeto Opará foi oficialmente lançado na segunda-feira (17/3), em uma solenidade no cais do porto de Pirapora. O evento contou com a presença da promotora Tatiane Carvalho, da Coordenadoria de Inclusão e Mobilização Social do MPMG, além de dirigentes da Fadenor e outras autoridades.

Durante o evento, o reitor da Unimontes agradeceu a todos os parceiros que tornaram a iniciativa possível e ressaltou o papel essencial dos pesquisadores envolvidos. “Hoje concretizamos um sonho, viabilizado pelo empenho dos pesquisadores e pelo suporte da Fadenor, que permite à universidade expandir suas ações no ensino, extensão e pesquisa”, declarou Santiago.