sábado, 15 de fev. de 2025

Polícia Civil deflagra “Operação Medusa” e desarticula esquema de estelionato contra idosos vulneráveis

O objetivo é de desarticular um esquema de estelionatos praticado contra idosos em situação de alta vulnerabilidade

Foto: Divulgação

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em parceria com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), deflagrou nesta terça-feira (21/01), em Manga, região Norte do estado, a Operação Medusa, com o objetivo de desarticular um esquema de estelionatos praticado contra idosos em situação de alta vulnerabilidade.

Segundo o delegado Thiago Pinheiro, a operação foi dividida em duas fases: a primeira fase teve seu foco na investigação voltada para a identificação e localização das vítimas para o levantamento de elementos e provas referente aos crimes ocorridos e foi concluída nesta terça-feira com o cumprimento dos mandados de prisão e de busca e apreensão contra uma jovem de 22 anos, estudante de Direito, suspeita de liderar os crimes. A segunda fase, que já está em andamento, tem seu foco na identificação dos possíveis coautores, na localização dos ativos adquiridos com recursos ilícitos e possível recuperação dos valores subtraídos.

A Investigação

A investigação foi conduzida pelo delegado Genilson Alvarenga e provaram que a investigada utilizava-se de sua posição como estagiária em um escritório para praticar os crimes. A suspeita se passava pela advogada titular do escritório, mantendo contato com os clientes, em seu nome, sem autorização. Além disso, para evitar suspeitas e não ser registrada pelas câmeras de segurança do escritório, ela atendia as vítimas do lado de fora da empresa, geralmente em locais públicos próximos, sob o pretexto de oferecer uma assistência mais acessível e personalizada.
Thiago Pinheiro reforça que a suspeita ainda é investigada por possíveis crimes de falsificação de documentos e falsa identidade, uma vez que utilizava documentos falsos para dar maior credibilidade às suas ações fraudulentas e se passar pela advogada em transações bancárias e outros procedimentos.

As vítimas eram idosos, em sua maioria analfabetos, escolhidos pela sua alta vulnerabilidade. A investigada ganhava a confiança das vítimas ao se oferecer para ajudar com questões financeiras, como recebimento de benefícios, empréstimos e cartões de crédito. Em seguida, realizava transações fraudulentas, levando algumas vítimas a descobrirem que seus saldos bancários haviam sido completamente zerados. Até o momento, o prejuízo estimado supera os 100 mil.

Primeira fase: Prisão e apreensão de provas

Durante o cumprimento do mandado de prisão, sob a coordenação do delegado Thiago Pinheiro, foram realizadas buscas no domicílio da investigada. Diversos cartões de crédito, documentos relacionados aos crimes e aparelhos eletrônicos, com provável origem ilícita, foram apreendidos. Esses materiais serão analisados para subsidiar a continuidade da operação.

Segunda fase: Identificação de coautores e rastreio de ativos

Com a prisão da principal suspeita, a operação avança para a segunda fase, que visa identificar possíveis cúmplices, rastrear os valores subtraídos e recuperar ativos adquiridos com os recursos obtidos ilegalmente. “Nosso objetivo agora é ampliar o alcance das investigações, responsabilizar todos os envolvidos e minimizar os prejuízos às vítimas”, destacou o Thiago Pinheiro.

A Polícia Civil reforça a importância de proteger idosos contra golpes financeiros, especialmente aqueles que envolvem intermediários que oferecem assistência financeira fora de locais monitorados. Denúncias podem ser feitas anonimamente pelos canais oficiais, contribuindo para a segurança da população e o avanço das investigações.

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