DECEMBER 9, 2022


Governo declara situação crítica de água e reduz captação em cidades de MG; quatro delas no Norte do estado

Sem previsão de chuva em Minas Gerais para os próximos dias, a situação pode piorar. A medida se deve à estiagem e impacta 150 outorgas em 12 municípios.

Imagem: Gizmodo Brasil - UOL

Por causa do longo período sem chuvas e das altas temperaturas, o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) declarou situação crítica de escassez hídrica e reduziu a captação de água em municípios abastecidos pela bacia do Rio das Velhas. Sem previsão de chuva em Minas Gerais para os próximos dias, a situação pode piorar. A medida se deve à estiagem e impacta 150 outorgas em 12 municípios.

“Em função desse período longo sem chuva, a bacia está numa situação de alerta. Há uma tendência de redução de vazão nos próximos dias já que a expectativa é que as chuvas ainda demorem. Hoje, temos o trecho do baixo Rio das Velhas em situação de escassez, conforme a deliberação normativa do Conselho Estadual de Recursos Hídricos, o que levou o IGAM a declarar restrição nessa porção da bacia”, explicou o diretor-geral do IGAM Marcelo da Fonseca, nesta quinta-feira (12).

Com a publicação, as outorgas nos municípios de Augusto de Lima, Corinto, João Pinheiro, Lassance, Joaquim Felício, Várzea da Palma, Diamantina, Morro da Garça, Santo Hipólito, Monjolos, Buenópolis e Curvelo devem seguir várias determinações: “Começamos com a redução de 20% para as finalidades de consumo humano e animal; 25% para irrigação; 30% para os industriais e agroindustriais e 50% para os demais usos”.

No caso de não cumprimento das restrições de uso imposta na portaria, serão suspensos totalmente os direitos de uso de recursos hídricos dos infratores até o prazo final de vigência da situação crítica de escassez hídrica.

Para evitar novas medidas restritivas e até mesmo um possível desabastecimento diante da escassez hídrica, o diretor-geral do IGAM reforçou a importância do uso consciente da água:

“O uso consciente da água é algo que devemos adotar no nosso dia a dia — seja no uso doméstico, industrial e na agricultura. Precisamos sempre ter esse princípio e, em especial, nestes momentos onde a gente tem uma redução à disponibilidade hídrica e uma pressão maior sobre a utilização dessas águas em função das altas temperaturas e da a umidade muito baixa”, finalizou.

[Com informações de Itatiaia]

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