DECEMBER 9, 2022

Assistência técnica da Emater potencializa produção de marmelo no Norte do Minas

Uma Tradição Centenária em São João do Paraíso, no norte de Minas

Foto: Emater-MG / Divulgação

O marmelo, um fruto venerado em todo o estado, ganha destaque em São João do Paraíso, não apenas pela sua popularidade na forma de marmelada, mas também como uma fonte crucial de renda para os produtores locais, como o experiente agricultor Anísio. Com mais de 100 anos de tradição na produção, Anísio e sua família foram pioneiros na introdução das mudas de marmelo na região. ” Foi a minha família os primeiros que trouxeram as mudas de marmelo para São João do Paraíso, que vieram de Rio de Contas, na Bahia, nos meados de 1900, 1910, foram meus bisavós que trouxeram as primeiras mudas”, conta.

Em uma propriedade que se estende por mais de 13 hectares, Anísio colhe anualmente uma média impressionante de 10 a 12 toneladas de marmelo, transformando-as em cerca de 23 toneladas de doce, um trabalho que passou de geração em geração. Esse sucesso não seria possível sem a orientação técnica fornecida pela EMATER Minas, especialmente no cultivo e na poda das plantas, essenciais para garantir uma produção de qualidade. O técnico da EMATER Minas, Osvaldo de Souza, acompanha de perto o trabalho desenvolvido pelos produtores do município de São João do Paraíso e diz que o sucesso da região no cultivo de marmelo pode ser alcançado mediante muitas orientações e dedicação. “Foi feito com orientação técnica no sentido de formação da muda na sacolinha plástica, depois fazer o plantio no campo já com a muda pronta. Foi feita a orientação da poda de formação da planta que, com essa espécie de fruta, a poda de formação é tipo taça”, explica o técnico.

Além disso, a assistência dos técnicos da EMATER Minas, trouxe inovação ao processo de fabricação de doces. Com a introdução de uma máquina de espolpadeira, o tempo necessário para processar as frutas foi reduzido de três horas para meros dez minutos, aumentando significativamente a eficiência e a produtividade. “Com a máquina de espolpadeira, o trabalho, que antes levava três horas para ser feito, passou a ser realizado em apenas dez minutos. Há oito anos atrás, descobrimos essa espolpadeira de frutas, e veio para revolucionar. Aqui é a média de, por hora, duzentos e cinquenta quilos por hora. O trabalho melhorou bem, a produtividade melhorou, durou muito tempo com isso, foi muito bom”, diz o produtor Anízio.

Anísio e outros produtores de São João do Paraíso estão provando que a tradição pode se unir à tecnologia para impulsionar ainda mais o sucesso da produção de marmelo na região, mantendo viva uma herança que perdura há mais de um século.

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