DECEMBER 9, 2022

Sai Dino, entra Lewandowski: veja destino de Cappelli e outros nomes da Justiça

O novo ministro da Justiça foi confirmado nesta quinta (11) pelo presidente Lula; ele deve montar sua própria equipe até 1º de fevereiro, quando tomará posse.

Foto: Foto: Ricardo Stuckert / PR

A confirmação de Ricardo Lewandowski como novo ministro da Justiça e Segurança Pública, feita nesta quinta-feira (11), motiva, a partir de agora, uma movimentação sobre quem fica e quem sai da pasta. Por trás do nome de comando, há uma série de cargos de destaque que geram interesse e são alvos de disputa.

Um deles é o de secretário-executivo, tido como estratégico e de confiança. Quem assume essa função figura como o número 2 da pasta, atrás apenas do próprio ministro. É o caso de Ricardo Cappelli, que atuou como braço direito de Flávio Dino, o atual ministro que está de saída.

Cappelli não deve continuar na função, apesar de pedidos de integrantes do governo que querem valorizá-lo pela atuação na gestão de Dino. Ele ganhou destaque no meio após ser escolhido interventor federal na segurança do Distrito Federal após o 8 de janeiro de 2023. Na época, ele passou a responder diretamente a Lula.

Deve entrar no lugar dele Manoel Carlos de Almeida Neto, que foi secretário geral do STF na época em que Lewandowski presidiu a Corte. Em meio à chance da mudança no cargo, Cappelli se reuniu com Dino na manhã desta quinta-feira e anunciou que não pediu demissão, mas sairá de férias e retornará a tempo de participar da transição de equipes.

Já o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, deve permanecer no cargo. Houve uma articulação direta de Lula para que Lewandowski o mantenha à frente do órgão que é subordinado ao Ministério da Justiça. O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Fernando Oliveira, se movimenta para não ser trocado, mas ainda não recebeu garantia.

Devem ser sacrificados nomes do PSB que ocupam chefias dentro do MJSP, em mais um baque para o partido dentro do governo Lula. É o caso do secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, e do secretário de Assuntos Legislativos, Elias Vaz.

Há dúvidas no caso do secretário nacional de Justiça, Augusto Botelho (também do PSB), e do secretário nacional de Políticas Penais, Rafael Velasco Brandani. O contrário deve acontecer com o secretário nacional do Consumidor, Wadih Damous, que é do PT e deve ser mantido no cargo.

Depois de confirmar Lewandowski, Lula indicou que dará autonomia ao novo ministro para montar a própria equipe, mas pontuou que irá avaliar os nomes indicados para cargos dentro da pasta. Lewandowski deve ser nomeado em 19 de janeiro, mas tomará posse apenas em 1º de fevereiro.

 

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