DECEMBER 9, 2022

Incentivo para a presença da mulher na apicultura em crescimento está aberto

Na região de Pirapora/Buritizeiro/Ibiaí, a atuação das mulheres nos apiários ganhou reforço especial.

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Foto: Divulgação/Faemg Senar

Repórter Larissa Durães

A ideia de que apicultura não é coisa de mulher, já está ultrapassada. O Sindicato dos Produtores Rurais de Pirapora, junto, com a Associação dos Apicultores de Cachoeira do Teobaldo (Apicat) e o Grupo de Apiculturas Flores de Aroeira do Sertão Norte-mineiro, tem incentivado a maior participação das mulheres na produção rural.

Para a aposentada Juraci Ferreira Pego, que desde 2006 vem tentando, a realização deste sonho se concretizou em 2022. “Comecei a ter o curso técnico com uma caixa, agora já estamos com 14. Cada curso e cada detalhe, e cada conhecimento, me faz apaixonar mais pela apicultura”, conta.

Juraci está inserida em uma turma de 30 mulheres que desde o início do ciclo do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), o grupo Flores de Aroeira, tem intensificado os trabalhos e articulações para o crescimento da cadeia produtiva e a participação de mais apicultoras da região. Trabalhar o protagonismo feminino foi a principal ferramenta adotada, como explica uma das produtoras rurais, Adriana Duarte Rocha.

“No início, as mulheres da região não se viam como produtoras. E isso chegou a me desestimular um pouco. Então comecei a trabalhar pelo protagonismo das mulheres na apicultura, em seguida tivemos a ideia de criar o grupo, trazendo as mulheres que tinham dificuldades, estavam sem perspectivas, e mostrando que a apicultura pode ser o fortalecimento da renda da família”, ressaltou.

Para a apicultora Juraci, a expectativa é que possa viver um dia só do mel. “Ainda não estamos ganhando, porque está no começo, mas a intenção é viver disso. A qualidade do mel que a gente trabalha são dois, o silvestre e o de aroeira, com selo de pureza que já pode vender para o Brasil e fora dele”, diz entusiasmada.

Para viver de apicultura, Rocha explica que não tem um número de caixas específicos. “É relativo, porque se pode ter uma caixa e ter uma excelente produção anual e pode ter 10 caixas e se não tiver um manejo correto ou a flora apícula ideal, pode não produzir nada”, explica.” Então, acredito que se tiver 20 enxames muito, bem estruturado com uma produção assim no pico, da para se ter uma renda básica para sobreviver”, constata.

A funcionária pública Maria de Lourdes Pamplona da Silva, resolveu apostar na produção de mel após conversar com uma idosa, de 72 anos. “Essa senhora me inspirou. Meus irmãos são apicultores, mas eu ainda não tinha me despertado para a produção. Em poucos meses já vejo o quanto o trabalho técnico, já transformou a realidade, o que torna mais um incentivo para outras mulheres iniciarem na apicultura”, lembra Maria de Lourdes.

A produção ainda está em fase inicial para praticamente todas as apicultoras. No entanto, a chegada dos novos conhecimentos e o ânimo dos últimos meses têm feito o grupo sonhar com novas expectativas para melhorar a produtividade.

Adriana conta que quem quiser entrar para o Grupo de Apiculturas Flores de Aroeira do Sertão Norte-mineiro, deve enviar mensagem para o seu WhatsApp. “Só estamos fazendo a documentação deste grupo para poder trazer mais mulheres, mas o grupo está aberto para receber novas interessadas em serem apicultoras”. 9 9801-9611 Adriana.

Foto: Divulgação/Faemg Senar
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