DECEMBER 9, 2022

Veículos e Equipamentos: SES-MG reforça ações para conter o avanço das arboviroses no Norte de Minas

A capacitação envolve profissionais que atuam em Montes Claros, Salinas, Capitão Enéas, Jaíba e Janaúba.

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Foto: Divulgação

A Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros – (SRS) iniciou nesta semana, a realização de encontro com coordenadores de endemias, operadores de máquinas e motoristas de serviços de vigilância em saúde, com o objetivo de repassar orientações sobre a aplicação de inseticidas, comprados pelos municípios, para eliminação de mosquitos adultos do Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre Chikungunya, Zika vírus e da febre amarela. A capacitação envolve profissionais que atuam em Montes Claros, Salinas, Capitão Enéas, Jaíba e Janaúba que formalizaram à Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais – (SES-MG) solicitações para a cessão de veículos e equipamentos de Ultra Baixo Volume – (UBV).


A capacitação aborda questões teóricas e práticas quanto à calibração dos equipamentos para aplicação de outros tipos de inseticidas adquiridos pelos municípios e que não seja o Scielo, até então o insumo fornecido pelo Ministério da Saúde. Para Montes Claros a SES-MG já cedeu cinco veículos e equipamentos para a eliminação do Aedes aegypti nos bairros que apresentam maior incidência do mosquito. Outros municípios que encaminharam servidores para a capacitação também vão receber veículos e equipamentos para o reforço das ações de enfrentamento às arboviroses.
Equipe de profissionais da Central Técnica de Ultra Baixo Volume da SES-MG está em Montes Claros ajustando os equipamentos para repasse aos municípios. A previsão é de que a capacitação seja concluída quinta-feira, 16.
Dionísio Costa, referência técnica de controle vetorial da SES-MG, explicou que a utilização de equipamentos de UBV veicular só deve ser efetivada em casos de epidemia, quando a existência de focos do Aedes aegypti atinge as categorias de alta ou muito alta incidência.


“Para evitar que os municípios cheguem a essa situação, os serviços de vigilância epidemiológica e de saúde precisam intensificar, durante todo o ano, ações preventivas de controle vetorial. Esse trabalho precisa ser executado de forma contínua, com qualidade e responsabilidade, e não pode ser relegado a segundo plano por parte dos municípios. Isso porque, o que está em evidência é a saúde da população”, ressaltou a referência técnica.
Para que o trabalho de controle vetorial seja executado com qualidade, Dionísio Costa lembrou que os municípios precisam aplicar os recursos financeiros recebidos dos governos estadual e federal, destinados às ações de vigilância epidemiológica e de saúde.


“Os agentes de controle de endemias precisam ser capacitados para entender a dinâmica de surgimento e proliferação de focos do Aedes aegypti; realizar a eliminação de focos de casa em casa e saber orientar a população, além de ter os equipamentos necessários para executar o trabalho. Além disso, a supervisão das ações executadas pelos agentes de controle de endemias constitui pilar de fundamental importância, para que os serviços sejam executados com qualidade e seja evitada a situação vivenciada atualmente, com aumento expressivo dos casos de dengue, febre Chikungunya e Zika”, pontuou Dionísio Costa.


Valdemar Rodrigues dos Anjos, referência técnica das coordenadorias de vigilância epidemiológica e de saúde da SRS de Montes Claros lembra que, nos últimos anos, os municípios têm recebido várias ações de capacitação e orientação quanto à importância do controle das arboviroses. Neste ano, já foram realizadas supervisões técnicas em várias localidades, entre elas Monte Azul, Verdelândia, Porteirinha, Gameleiras, Janaúba, Nova Porteirinha, Matias Cardoso e Capitão Enéas, que apresentam alta incidência de doenças transmitidas pelo Aedes.


Entre outros problemas detectados pela Superintendência Regional de Saúde está a rotatividade dos profissionais que devem atuar na função de agentes de controle de endemias e a falta de condições de trabalho, entre elas, equipamentos essenciais para a identificação e eliminação de focos do Aedes aegypti.


RECURSOS


Em 2021 e 2022, além de apoio técnico e eliminação de Aedes aegypti com equipamentos de UBV, a SES-MG repassou mais de R$ 7,2 milhões aos 86 municípios que compõem a macrorregião de saúde do Norte de Minas para o custeio de ações de enfrentamento às arboviroses.
Por meio da Resolução 8.386 publicada dia 19 de outubro de 2022, a SES-MG prorrogou até 31 de dezembro deste ano o prazo de utilização de recursos superiores a R$ 40,4 milhões repassados em 2021 a 853 municípios. O incentivo financeiro foi definido na Resolução 7.733 e, para o Norte de Minas foram disponibilizados R$ 3,5 milhões.
Além da prorrogação do prazo para aplicação dos recursos, a Resolução 8.386 viabilizou novo repasse de incentivo financeiro aos municípios para aplicação em ações de enfrentamento das arboviroses. Para o Norte de Minas isso representou, no segundo semestre de 2022, novo aporte superior a R$ 3,6 milhões.

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