DECEMBER 9, 2022


Mulheres ainda ganham 25% menos que os homens em Minas, e são maioria dos desempregados

Os únicos setores pesquisados pelo Dieese em que as mulheres aparecem como maioria são “Serviços domésticos” e “Educação, Saúde e Serviços Sociais”.

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Foto: Justiça de saia

A igualdade salarial entre homens e mulheres no mercado de trabalho ainda é um objetivo distante no Brasil e em Minas Gerais. Na média nacional, elas ganham 21% a menos. Em Minas, o salário médio das mulheres é 25% menor que o pago aos homens: R$ 1.960 contra R$ 2.623, de acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Em relação ao nível de desemprego entre as mulheres, nosso Estado está numa situação melhor que de outras unidades da Federação. Na comparação com as trabalhadoras do Sudeste, as mineiras têm a menor taxa de desocupação, que é de 7,4%. Ela representa metade da taxa de desemprego feminino no Rio de Janeiro, que está em 15,4% e é a maior da região.

Os únicos setores pesquisados pelo Dieese em que as mulheres aparecem como maioria são “Serviços domésticos” e “Educação, Saúde e Serviços Sociais”. Mesmo nessas áreas, elas ganham menos que os homens. Salários das mulheres não 20% e 32% menores, respectivamente, em cada um desses setores.

A desigualdade extrapola o gênero e fica ainda mais grave quando se trata da raça, conforme o levantamento do Dieese. O desemprego entre as mulheres negras chega a 13,4%, enquanto entre as “não negras” está em 8,2%. O estudo aponta ainda que 52,7% das trabalhadoras negras recebiam até um salário mínimo. Esse montante era recebido por 32,4% das mulheres “não negras”.

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