O agente penitenciário, Luiz Fernando Figueiredo Aquino, foi condenado a 37 anos de prisão pelo assassinato do estudante de direito, Vinícius Afonso Silva Cordeiro, ocorrido em 2016, durante uma festa no Bairro Ibituruna, em Montes Claros. O policial penal foi a júri popular nesta terça-feira (23), no Fórum Gonçalves Chaves.
Segundo a Polícia Militar, o jovem, que na época tinha 24 anos, foi baleado após o agente ter iniciado uma confusão na casa de festa por conta de uma bebida, Vinícius foi atingido por cinco tiros e morreu ao dar entrada no hospital. Mais três pessoas também ficaram feridas, entre elas, um policial civil que tentou apaziguar a confusão.
O julgamento começou por volta das 9h e encerrou aproximadamente às 00h20. Pela manhã, antes do juri, a família fez um protesto em frente ao Fórum, pedindo justiça. A mãe de Vinícius Cordeiro, Sandra Maria da Silva, e o pai José Afonso Gomes Cordeiro, acompanharam o julgamento, junto com dois familiares do réu. O júri formado por sete pessoas seguiu a tese do Ministério Público. Na sentença, o policial penal foi condenado em regime fechado por homicídio consumado e três tentativas de homicídio.
Quase cinco anos após o crime, a família de Vinícius Cordeiro demonstra alívio. “Nao podemos dizer que estamos felizes, pois nunca queríamos passar por isso. Mas podemos dizer que estamos extremamente aliviados, pois a justiça dos homens foi feita”, disse o irmão da vítima, João Vitor Souto Cordeiro.
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) disseram, por meio de nota, que o policial penal Luiz Fernando Figueiredo Aquino está preso no Presídio de Bocaiúva e afirmou que ele é servidor efetivo do Estado desde 2009. Ele foi afastado das funções desde a suspeita do envolvimento no homicídio.
“O processo administrativo está em trânsito na Corregedoria da Sejusp, em fase de conclusão. Ressaltamos que a Sejusp não compactua com quaisquer desvios de conduta dos seus servidores e que apura atos que não condizem com a prática funcional de seus agentes, respeitando sempre o direito à ampla defesa e ao contraditório”, disse a nota emitida nesta terça (23) pela Assessoria de comunicação da Sejusp.
A equipe de reportagem do Webtempo tentou contato com a defesa de Luiz Fernando Figueiredo Aquino, o advogado João Ricardo Batista, mas até a publicação da matéria, não obteve retorno.
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