A Polícia Civil cumpriu na tarde desta terça-feira (28), em Taiobeiras, no Norte de Minas, um Mandado de Prisão Preventiva expedido em desfavor de um homem, de 47 anos, suspeito de incidir em crime de estupro de vulnerável contra a própria filha, de 12 anos, que está grávida dele.
Segundo a PC, a princípio a investigação teve como objetivo apurar crime de descumprimento de Medida Protetiva de Urgência pelo suspeito. Ele agrediu e ameaçou de morte a ex-companheira, madrasta da vítima. No dia 25/12 do ano passado, o investigado esmagou o dedo da sua ex-companheira, de 35 anos, que deu entrada no hospital com grave ferimento na mão e hematomas no pescoço e perna. Um mandado de Prisão foi requerido à época pela Polícia Civil. O suspeito permaneceu foragido até a data de 16/6 quando foi localizado e preso em um matagal. No local havia bebida, um cobertor e um colchão.
Com a prisão do pai, a vítima passou a morar com a mãe biológica. Ela começou a desconfiar de que a menina pudesse estar grávida, entretanto, a menor desconversava quando era questionada sobre os fatos.
A mãe da menor relatou que antes de ser preso levou a menina para se encontrar com o pai, a pedido dele, os encontros ocorriam em locais ermos e matagal porque ele estava com Mandado de Prisão. Ela disse que passou a desconfiar da relação deles, pois quando os dois conversavam era tudo em segredo e ela apagava as mensagens. Ela disse ainda, que questionou o suspeito e ele a ameaçou e pediu para não se envolver.
No decorrer dos trabalhos a equipe policial conseguiu reunir indícios que além do crime previsto na Lei Maria da Penha em desfavor da ex-companheira, o investigado havia estuprado a própria filha que está grávida dele.
O Delegado Alessandro da Silva Lopes esclarece que requereu novo Mandado de Prisão em desfavor dele, “diante da gravidade dos fatos foi requerido um novo Mandado de Prisão para o suspeito, pelo crime de estupro de vulnerável praticado em desfavor da filha dele”, pontuou.
O delegado esclarece ainda, que, acionou toda rede estatal de proteção social para acompanhar o caso e assegurar a integridade física da vítima, oportunizando acompanhamento médico e psicossocial, “a Polícia Civil além de exercer a sua função institucional se preocupa em amparar as vítimas de violência”, explicou.
O caso trouxe grande repercussão à população local, pela grande reprovação aos atos praticados pelo suspeito. A investigação que durou seis meses. O suspeito permanece no sistema prisional à disposição da Justiça.
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