A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (24), mais uma fase da Operação “Stellio”, que investiga crimes de estelionato e associação criminosa praticados sob a utilização de documentos falsos, para efetuar saque de créditos de precatórios judiciais.
Durante investigação, a PF identificou que um grupo formado por escreventes de cartorários, advogados e funcionários de bancos se associaram para levantar informações de créditos de precatórios disponíveis para saque, falsificarem procurações públicas e efetuarem o saque dos valores dos precatórios nas instituições financeiras. O precatório judicial é um documento emitido pela Justiça, necessário para que o Poder Público efetue o pagamento de uma condenação judicial.
Na primeira fase da Operação, deflagrada em 10/12/2019, foram apurados saques criminosos de aproximadamente R$ 1,3 milhão, com o cumprimento de sete mandados de prisão temporária e 14 mandados de busca e apreensão em diversas regiões do país, com o oferecimento de denúncia contra dez pessoas.
Durante a análise das apreensões de documentos ocorridas na primeira fase da operação, surgiram novos indícios da atividade criminosa e a segunda fase teve início. Foi apurado que outros 12 créditos de precatório, no valor aproximado de R$ 500 mil, haviam sido objeto de fraude por parte do grupo criminoso.
Foi identificado, ainda, que outras pessoas integram a associação criminosa. A PF representou por mandado judicial de busca e apreensão na casa de um advogado em Montes Claros e mandados judiciais de bloqueio de ativos financeiros e constrição patrimonial em nome de investigados. Durante a deflagração desta quinta, cinco investigados foram ouvidos pela PF e indiciados pelos crimes de estelionato e associação criminosa.
A Polícia Federal continua com a investigação.
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