Cinco condenados por estupro de vulneráveis foram presos durante a ópera Égide, da Polícia Civil. As prisões aconteceram nesta semana, e as penas, juntas, somam mais de 100 anos. A operação é da Divisão Especializada em Orientação e Proteção da Criança e Adolescente (Dopcad) e três delegados ficaram responsáveis pelas prisões.
A delegada Thais Degani, da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente em BH, chefiou a prisão de um idoso de 70 anos, que abusou diversas vezes da sobrinha, à época dos fatos, em 2017, com 9 anos.
“O investigado é de Caeté, na região Metropolitana, e sempre que vinha a Belo Horizonte, ficava hospedado na casa da vítima. Quando não tinha nenhum adulto por perto, ele cometia os abusos. A criança contou para a professora, que relatou aos pais, que chamaram a polícia”, detalhou. Foram mais de abusos cometidos.
Esse idoso, que já foi julgado, foi condenado a 14 anos de prisão. Mesmo permanecendo tanto tempo solto entre os fatos e a prisão, a criança tinha uma medida protetiva contra o tio.
Dentro de casa
Já a delegada Thalita Caldeira, da mesma delegacia, acompanhou os trabalhos que culminaram na prisão de um homem de 52 anos, que em 2015, abusou do enteado. “A criança tinha 10 anos na época. A mãe ouviu um barulho durante a madrugada e ao verificar, flagrou o então companheiro abusando do filho. Ela chamou a polícia, mas o homem fugiu”, disse.
Em juízo, o condenado disse que a criança teria pego seu celular, sem seu consentimento, e escondido o aparelho na bermuda. Ao tomar de volta o aparelho, o homem teria tirado a bermuda da criança e dado um apertão no pênis do menino como forma de repressão.
“Ele disse que ainda ameaçou cortar fora (o pênis), caso a criança pegasse o celular novamente. Porém, essa versão foi desmentida pela criança, que contou que outros abusos já tinham ocorrido”, acrescentou a delegada.
O homem, que ameaçava matar a mãe caso o menino contasse sobre os abusos, foi condenado a 20 anos de prisão. Ele já tinha passagens por lesão corporal.
Familiares
O delegado Diego Lopes. também da Depac de BH, chefiou os trabalhos para a captura de três homens.”Dois casos semelhantes, envolvendo sobrinhas, que foram dormir na casa de seus parentes, e, durante a madrugada, foram abusadas pelos tios”, contou.
Um homem, de 36 anos, cometeu o crime em 2021, contra a sobrinha de 12 anos, à época dos fatos. Ele foi condenado a 13 anos e 6 meses. O outro, hoje com 45 anos, abusou da sobrinha de 6, em 2014. Ele foi condenado a 16 anos e 8 meses de prisão.
O terceiro caso, diferente dos demais, envolve um idoso, hoje com 64 anos, que vive em situação de rua e possui inúmeras passagens por crimes de importunação sexual.
“Ele é um ‘conhecido’ da população que circula pelo centro de Belo Horizonte, pois, eventualmente atacava mulheres, importunava, passava a mão nos glúteos. Ele foi preso pois em 2022, passou a mão em uma menina de 8 anos, na avenida Afonso Pena, no hipercentro da Capital”, disse o delegado. Esse idoso pegou 14 anos de prisão.
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