Apesar de algumas pessoas pensarem que não cumpre mais que a obrigação alguém devolver algo que encontrou e não é dele, situações como a que ocorreu na tarde desta quinta-feira (25), com a a professora Christiane Nunes, que encontrou a quantia de R$ 2.500 no caixa eletrônico em um banco na Avenida Esteves Rodrigues, região Central de Montes Claros, e entregou a gerência para buscarem o dono.
A professora conta que por voltas das 15h foi ao banco fazer um depósito e quando chegou no caixa com o esposo, verificou que quem tinha utilizado o serviço antes deles não tinha finalizado a transação, e o dinheiro permanecia na máquina.
“Nós demos Enter, a máquina abriu, e lá estava essa quantia de R$ 2.500. Olhamos de um lado para o outro, e não vimos ninguém. Pensamos até que tinha alguém que talvez tenha saído para atender o celular e depois voltava, mas verificamos e nada. Pegamos o dinheiro, contamos e fomos até o gerente. Ele estava entrando para dentro do banco. Chamamos ele, ele pediu para entrarmos, explicamos o que aconteceu, ele chamou dois funcionários para contar a quantia, eles anotaram o horário e o caixa onde eu estava. E ele comentou que iriam puxar as imagens da câmera para ver quem tinha utilizado o caixa antes de mim. E que também poderiam ver o histórico da própria máquina”, relata Christiane.
O gerente geral do banco, Richard Rosa foi o responsável por pegar a quantia com os seguranças ele conta que diferente do que geralmente é visto, na agência em que ele trabalha a situação acontece com frequência.
“Por incrível que pareça, e apesar das pessoas imaginarem que isso é difícil acontecer, aqui na agência não é raro. Já aconteceu vários casos das pessoas virem, acharem dinheiro, acharem cartão e devolver, não é uma excepcionalidade, só não é muito divulgado”, comenta.
Richard comenta que o dinheiro já foi devolvido ao dono, mas preferiu não divulgar o nome do cliente. Ele explicou quais foram os procedimentos utilizados para encontrar o proprietário.
“A gente devolve no caixa, verifica nas câmeras. Quando a pessoa vem solicitar o dinheiro também olhamos na câmera; e se bate as características, o horário, tudo certinho, a gente devolve. Eu já trabalhei em vários lugares e aqui é comum as pessoas serem honestas. A pessoa veio aqui buscar porque quem ia receber o valor depositado avisou que o dinheiro não caiu na conta. Daí vimos que ela depositou, só não fez o procedimento correto, que é dar o ‘Enter’, não fez o comando de confirmar. Eu estou aqui a nove meses e nunca tive reclamação de alguém ter deixado o dinheiro e alguém ter pegado”, finalizou.
Christiane atribui a ação que ela fez aos valores aprendidos com a família e na confiança em Deus. “Acredito que foi de Deus eu utilizar esse caixa, porque a dificuldade que nós estamos, os tempos difíceis que estamos passando, em uma crise dessa, uma pessoa perder um valor desse é muito grande. E nós servimos um Deus que fala que devemos ser fiel ao nosso próximo. E achei justo e mais do que certo. Eu já estou com 46 anos e meu pai sempre me ensinou que na vida nós devemos dormir e acordar miseráveis, mas sempre transparentes e sempre fazendo o bem o sou outro. Sempre com a verdade em primeiro lugar”, refletiu.
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