A décima edição da Comic Con Experince (CCXP 23), apostou na diversidade cultural. Trazendo diversos artistas dos mais variados seguimentos, como músicos; Sandy e Junior, Joelma, Paulo Ricardo. O que deixou mais evidente esse “molde de exploração cultural” para outros seguimentos foi a homenagem a Xuxa, que marcou o primeiro dia de evento (quinta-feira). Não desmerecendo a eterna rainha dos baixinhos, mas eu não creio que ela tenha alguma similaridade com a cultura nerd / geek. E repito, com todo respeito a carreira artística da Xuxa, acredito que exista muitos outros artistas, quadrinistas e demais envolvidos de fato com a cultura nerd, para receber está honraria de alto prestigio (diga se de passagem em 2018, teve Fernanda Monte Negro como homenageada).
É perceptível a falta de prestigio do evento com relação aos estúdios. Digo isso e não é demérito do Brasil, mas sim da franquia Comic Con, pois os grandes estúdios não vieram com grandes trailers, e teve deles que nem se quer tiveram o trabalho de trazer algo de suas produções futuras (refiro a Marvel Studios e Dc Comics que não trouxeram nada de produções futuras). Mas essa reação em cadeia é primeiro pelo fato do que foi a Comic Con San Diego. A mais antiga das convenções nerds, que nesse ano foi um fracasso. E segundo e mais importante os grandes estúdios descobriram na pandemia que eles podem fazer suas próprias convenções e lucrar com isso. Falo porque fomos nesse ano fazer a cobertura do Tudum da Netflix, aqui no Brasil, e foi um sucesso. E não é só a Netflix que descobriu isso, a Marvel já tem alguns eventos que estão acontecendo nos Estados Unidos. E a Dc comics na pandemia lançou o Dc FANDHOME. Então é questão de tempo que a CCXP ganhe mais concorrentes.
Além de toda essa explanação, temos defeitos que parecem incorrigíveis ou má vontade desses grandes eventos. O uso das tecnologias é para facilitar e agilizar nessas produções, mas não é o que vem acontecendo. Recebi enumeras mensagem com relação a agendamento de ações dentro de estandes na CCXP, que o aplicativo não estava funcionando. E não é a primeira vez que isso acontece. Eu quando fui ano passado sofri com esse problema de agendamento, o estande estava vazio e a moça falou que tinha que agendar, mas quando entrei no aplicativo não estava funcionando (lembrando que falei que esse problema foi ano passado) e não basta ter que agendar, na maioria das vezes você pega uma fila absurda. Aí vem um questionamento, para que agendar?! Pois o aplicativo não funciona como deve e você, se conseguir agendar, ainda pega uma fila absurda. Vai uma dica de graça CCXP! Distribui pulseiras assim como uma marca de cerveja fez no Tudum da Netflix. Tudo vai ficar mais fácil e prático.
No mais, todos os anúncios foram muitos fracos, não teve um grande anuncio de filme ou série. Com satisfação a premier foi de um filme nacional, Mamonas Assassinas – o filme. Mas foi só, a presença do atual Superman na ativa, Tayler Hoechlin (Superman e Lois a série) passou tão despercebido que o ator foi encontrado por alguns fãs andando no bairro da Liberdade em São Paulo, sem segurança tranquilamente na manhã seguinte ao evento, como se ele nem tivesse sido anunciado para tal atração.
Então dito tudo isso espero que ano que vem a CCXP pense em trabalhar mais seu conteúdo, e não em só agregar público tentar ganhar dinheiro.
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