Foto: Divulgação/UFMG.

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) comemora, na próxima segunda-feira, 13 de novembro, 55 anos de atuação em Montes Claros e no Norte de Minas.  A partir das 8h, a reitora Sandra Regina Goulart Almeida, o diretor do Instituto de Ciências Agrárias, Hélder dos Anjos Augusto, e o vice-diretor, Alcinei Místico Azedo, recebem profissionais de imprensa e autoridades regionais um café da manhã.

Em seguida, no auditório do bloco C, será realizada uma solenidade em homenagem aos 55 anos da Universidade na região do semiárido mineiro. Às 10h30 terá início a inauguração da nova fase da Moradia Universitária Cyro Versiani dos Anjos.

Em 11 de outubro de 1964, o Ministério da Agricultura criava o Colégio Agrícola “Antônio Versiani Athayde”. Inaugurada em 2 de julho de 1966, a instituição com sede em Montes Claros oferecia formação profissional de segundo grau para os trabalhadores da agricultura. Em 1968, a escola foi incorporada à UFMG. Sete anos depois, passou a oferecer cursos superiores de curta duração e recebeu a denominação de Núcleo de Tecnologia em Ciências Agrárias. Em 1976, o núcleo foi elevado a Campus Regional de Montes Claros.

Em 1998, o curso de graduação em Agronomia foi instalado na instituição. A primeira turma começou suas atividades no ano seguinte. Em 2005, o campus Regional de Montes Claros passou a oferecer o curso de Zootecnia. O nome Instituto de Ciências Agrárias (ICA) foi adotado em 2007, quando ganhou autonomia como unidade acadêmica da UFMG. As peculiaridades, vocações e necessidades do semiárido direcionam todo o trabalho desenvolvido no campus.

Atualmente, o ICA oferece cursos de Graduação em Administração, Agronomia, Engenharia de Alimentos, Engenharia Agrícola e Ambiental, Engenharia Florestal e Zootecnia. Juntos, somam 242 vagas anuais. O campus da UFMG em Montes Claros também oferece mestrado em Produção Animal, Produção Vegetal, em Sociedade, Ambiente e Território (UFMG/Unimontes) e Alimentos e Saúde. A instituição tem ainda especialização em Recursos Hídricos e Ambientais e Doutorado em Produção Vegetal. O campus Montes Claros reúne mais de 1,3 mil alunos de graduação e pós-graduação.

Assistência estudantil

A trajetória da assistência estudantil se confunde com a da própria UFMG. Quando a instituição foi fundada, em 1927, com o nome de Universidade de Minas Gerais (UMG), o ensino era pago, o que dificultava o acesso da população pobre. Naquela época, já havia uma grande articulação na comunidade universitária por assistência estudantil, bandeira encampada pelo primeiro reitor da UMG, o professor Francisco Mendes Pimentel.

Dois anos depois, foi criada a Associação Universitária Mineira (AUM), primeira estrutura de assistência estudantil da então UMG. Entre suas funções, a AUM prestava assistência médica, odontológica, jurídica e material aos estudantes de baixa condição socioeconômica. O professor José Baeta Vianna, outro entusiasta do projeto de assistência estudantil, criou, em 1936, a Assistência Universitária Mendes Pimentel (Aump), que assume as atividades de assistência da UMG. Em 1973, a Aump se torna Fundação Universitária Mendes Pimentel (Fump) e é reconhecida como entidade filantrópica na mesma década, o que lhe confere maior autonomia e viabiliza a isenção de impostos e o estabelecimento de convênios.

A Fump oferece auxílio alimentação, moradia, saúde e financeiro para permanência dos acadêmicos durante a graduação. Para ter acesso ao benefício é necessário passar por uma avaliação. A quantidade e o tipo de auxílios são definidos segundo uma classificação feita pela própria Fump.

Em Montes, Claros, 55% dos estudantes de graduação recebem algum tipo de auxílio da Fump. Os assistidos contam com assistência psicológica no campus e atendimento odontológico em uma rede credenciada. É oferecido transporte coletivo gratuito (exclusivo aos moradores), que interliga a Moradia Universitária ao campus. O ônibus opera de segunda a sábado.

A Moradia Universitária Cyro Versiani dos Anjos foi inaugurada em 2010, com 108 vagas. O terreno da nova moradia foi doado à Fump pela prefeitura de Montes Claros. Já a antiga residência universitária, que ficava dentro do Instituto de Ciências Agrárias (ICA) e oferecia 30 vagas, foi transformada em laboratórios e sala de professores. Neste ano, mais 40 vagas foram abertas com a conclusão da obra dos novos blocos da Moradia Universitária, totalizando 148 vagas para estudantes classificados socioeconomicamente. A expansão recebeu investimentos de cerca de R$ 6 milhões.