Com o objetivo de atender demandas de pacientes residentes em 86 municípios que compõem a macrorregião de saúde do Norte de Minas, o Hospital Universitário Clemente de Faria – (HUCF) e o Hospital das Clínicas Dr. Mário Ribeiro da Silveira, sediados em Montes Claros, vão receber neste ano mais de R$ 1,079 milhão para a estruturação da Linha de Cuidado em Doenças Respiratórias Graves no âmbito do Sistema Único de Saúde – (SUS). O repasse dos recursos foi aprovada dia 17 de agosto, em reunião da Comissão Intergestores Bipartite do Sistema Único de Saúde – (CIB-SUS), realizada em Belo Horizonte.
A Deliberação 4.314 e a Resolução 8.945, publicadas dia 19 de agosto pela Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais – (SES-MG), definem que para este ano as instituições hospitalares contempladas receberão 50% do valor anual. A partir de 2024 os hospitais receberão os recursos divididos em duas parcelas que, no caso do HUCF e do Hospital das Clínicas perfaz montante superior a R$ 2,1 milhões.
Além dos dois hospitais de Montes Claros, para outras cinco instituições de saúde sediadas em Juiz de Fora, Uberlândia, Caratinga, Teófilo Otoni e Patos de Minas, o investimento anual previsto pela SES-MG é da ordem de R$ 16,5 milhões.
O coordenador de atenção à saúde da Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros, João Alves Pereira explica que “o repasse da primeira parcela de recursos para a estruturação da linha de cuidado em doenças respiratórias agudas graves no âmbito do SUS acontecerá a partir da assinatura de termo de adesão do município sede do serviço de referência. O monitoramento do serviço prestado pelos hospitais será iniciado seis meses depois da assinatura do termo de adesão”.
A linha de cuidado em doenças respiratórias agudas graves nas unidades de referência macrorregional contempla o atendimento a pacientes acometidos por asma grave; doença pulmonar obstrutiva crônica avançada e fibrose cística. Já os centros de referência estadual também atenderão pacientes com doenças intersticiais pulmonares; doença de circulação pulmonar e farão tratamento respiratório de doenças neuromusculares. O encaminhamento de paciente para os centros de referência envolverá os serviços de regulação dos municípios, iniciando pelas unidades de atenção primária à saúde.
TRATAMENTO
De acordo com a SES-MG na prática a síndrome ou doença respiratória aguda grave é detectada em pessoas com pelo menos dois dos seguintes sinais e sintomas: febre de início súbito; calafrios; dor de cabeça; tosse; nariz escorrendo (coriza); dor de garganta; problemas no olfato ou no paladar e que passe a apresentar dificuldade ou desconforto para respirar; sensação de peso ou pressão no peito; menor oxigenação no sangue; rosto ou lábios azuis ou arroxeados. Em crianças, também podem ocorrer sinais como falta de ar; desidratação e menor apetite.
Dentre as doenças que causam a síndrome estão as infecções dos pulmões (pneumonias) que podem ser causadas por vários microorganismos, como bactérias, vírus e até fungos. Entre os microorganismos está o novo coronavírus.
Quando uma pessoa apresentar sintomas de doença respiratória aguda, ela deve buscar atendimento médico imediatamente. Geralmente, são necessários cuidados mais intensos, como a internação, o isolamento social e a realização de testes que auxiliem na identificação da causa da doença.
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