DECEMBER 9, 2022


Ideologia e desconhecimento atrapalham avanço das mulheres, diz Leninha

Primeira mulher a assumir presidência da ALMG diz que defender as mulheres não é pauta de esquerda, é da sociedade e precisa ser abraçada por todos.

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Leninha (PT), primeira mulher a assumir a presidência da Assembleia Legislativa de Minas Gerais — Foto: O Tempo

A falta de conhecimento sobre a realidade das mulheres no Brasil e no mundo e a resistência ao avanço de pautas femininas por simples posicionamento ideológico são obstáculos que as mulheres precisam vencer para ver suas pautas avançarem no parlamento. A avaliação é da primeira mulher presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a deputada Leninha (PT), que nesta segunda-feira (8) assumiu o comando do Legislativo mineiro interinamente após Tadeu Martins (MDB) assumir o governo durante viagem do governador Romeu Zema (Novo).

“No caso de parlamentares homens, nós mulheres de esquerda temos mais força para trazer essas pautas e, por isso, acaba sofrendo esse viés ideológico. Eles  colocam que é pauta de esquerda, mas não é. É uma pauta da sociedade e de todos nós que não queremos mulheres sendo violentadas ou mortas e que tenham oportunidades”, afirma.

Leninha foi a entrevistada do quadro Café com Política, da Rádio O Tempo FM, nesta terça-feira (9). Segundo ela, falta conhecimento aos parlamentares e à sociedade de como a questão das mulheres é tratada em outros países no mundo e que isso mantém a legislação brasileira atrasada.

“O próprio parlamento quando a gente apresenta algum projeto que destaca ou coloca uma posição melhor para as mulheres, a gente ainda ouve muita piadinhas”, destaca. Segundo Leninha, é necessário fazer o debate de uma tributação diferenciada que permita às mulheres, em especial aquelas que sofrem algum tipo de violência e precisam de um apoio do Estado para romper o laço de dependência econômica que elas mantêm com os agressores.

O papel do governo é essencial nesse movimento, avalia a deputada. Começando pela necessidade de destinar orçamento para esses projetos. “A Sedese, que é uma secretaria que incorpora quase todas as políticas sociais do governo, não tem orçamento e vive de emendas parlamentares”, afirmou.

Segundo ela, a melhoria da situação das mulheres em Minas depende do parlamento, do governo e de toda uma rede organizada pela sociedade civil.

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