Repórter Larissa Durães
Em reunião na casa legislativa estadual, que agrega 77 deputados estaduais, o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Tadeu Martins Leite (MDB), o Tadeuzinho leu o pedido de licença encaminhado por Romeu Zema (Novo) comunicando que se ausentará do governo de Minas nos dias 5 a 11 de maio com retorno ao Brasil dia 12. O governador viaja nesta sexta-feira (05) para os Estados Unidos.
Na ausência de Zema e do vice Mateus Simões (Novo) que também está fora do Brasil, e retorna a BH somente na quarta-feira (11), o presidente da Assembleia Tadeu Martins Leite (MDB), ocupará a cadeira do governo de Minas, composto por 853 municípios.
Enquanto o presidente da Assembleie assume o posto de governador, o legislativo será comandado pela vice-presidente deputada estadual Leninha (PT).
Histórico dos políticos montes-clarense
Quem é Tadeu Martins Leite (MDB), o Tadeuzinho
Nascido em Montes Claros, em 2 de setembro de 1986, e formado em Gestão Pública, Tadeu Martins Leite iniciou a carreira política em 2010, quando foi eleito pela primeira vez para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, aos 24 anos de idade, tornando-se à época o deputado mais jovem da história do estado.
Em 1º de fevereiro de 2019, Tadeu Martins foi eleito 1º Secretário da Mesa Diretora da Assembleia para o biênio 2019-2021, em votação unânime entre os 77 deputados estaduais e, no mesmo ano, foi escolhido pelos colegas para coordenar a Bancada do Norte. Tadeuzinho foi reeleito por unanimidade para o cargo de 1º secretário da Mesa Diretora da Assembleia.
No quarto mandato como deputado estadual, Tadeu Martins Leite é presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais desde 1º de fevereiro de 2023. Eleito por unanimidade.
No Legislativo, o parlamentar também exerceu a função de líder da maioria e presidiu diversas comissões, entre elas a Extraordinária de Acerto de Contas entre Minas e a União, e a Comissão Especial da Emenda Constitucional 89, que criou o Dia dos Gerais.
Tadeu Martins Leite atuou como secretário de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana, em 2015, à época como gestor mais jovem a assumir uma secretaria de Estado. Entre outras ações, coordenou a Força Tarefa, criada pelo Governo de Minas, para avaliar os efeitos da tragédia de Mariana e reativou o processo de regularização fundiária urbana no Estado.
Suas principais regiões de atuação política são no Norte de Minas, Vale do Jequitinhonha e Nordeste mineiro para onde conseguiu importantes benefícios para a população de pelo menos 97 municípios.
Quem é Marilene Alves de Souza (PT), Leninha
Mineira dos Gerais, nasceu em Montes Claros, Norte de Minas, cidade onde iniciou sua vida profissional e política. Bióloga por formação, mestre em Desenvolvimento Social pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), onde aprofundou os estudos das redes, fluxos e circuitos de comercialização da agricultura camponesa.
Leninha foi eleita em 2018 para seu primeiro mandato como deputada estadual com 51.407 votos, sendo a majoritária em sua cidade natal, motivo de muita alegria. Sua trajetória sempre esteve centrada na luta nos movimentos sociais, nos movimentos eclesiais de base da Igreja católica e na defesa da educação. Professora, trabalhou em diversas escolas públicas do Norte de Minas e também foi diretora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação e da Central Única dos Trabalhadores, a CUT/Norte de Minas. Mas foi nas organizações da sociedade civil que Leninha trabalhou, e continua trabalhando, buscando a justiça social e o bem viver. Na Articulação do Semiárido Mineiro coordenou o projeto que construiu mais de 100 mil cisternas de captação de água da chuva em Minas Gerais, programa nacionalmente reconhecido por implantar um milhão de cisternas no semiárido brasileiro. Em organizações como o Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas e a Cáritas Brasileira, atuou em diversos programas de proteção social e de garantia da soberania e segurança alimentar de trabalhadoras e trabalhadores rurais.
Leninha também é reconhecida pela defesa intransigente dos povos e comunidades tradicionais, mulheres e juventudes. Em seu primeiro mandato apresentou mais de 70 projetos de lei e dentre eles, os seis principais se tornaram leis já sancionadas como é o caso da Lei da Dignidade Menstrual, a Lei de Turismo de Base Comunitária, a Lei que permite a compra de sementes crioulas produzidas pela agricultura familiar, tradicional no sistema de compras do estado, a lei que garante aos estudantes do ensino superior público acesso aos equipamentos para aulas online e acesso à internet, por exemplo.
Leninha esteve à frente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, integra a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e é a primeira líder da Bancada Feminina na Assembleia. Leninha é também a primeira mulher negra e periférica eleita para uma vaga na Assembleia pelo Partido dos Trabalhadores, partido do qual é vice-presidente estadual. Reconhecida por suas bandeiras políticas e ideológicas, Leninha foi reeleita para um segundo mandato com 65.864 votos. Seu compromisso é seguir em luta por aqueles e aquelas que mais precisam da presença forte e comprometida do estado de Minas Gerais. Leninha defende um novo modelo de desenvolvimento, socialmente justo e sustentável, baseado na Agroecologia, respeitando homem e natureza, fazendo na Assembleia um forte enfrentamento aos empreendimentos deletérios como a mineração, a monocultura do eucalipto entre outros.
Suas lutas e trabalho são reconhecidas e renderam importantes condecorações como as Medalhas de Ordem do Mérito Legislativo, a Medalha Juscelino Kubitschek e a Medalha Santos Dumont, comendas que corroboram a sua efetiva contribuição na construção de uma sociedade mais justa e solidária.
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