O Governo de Minas Gerais continua trabalhando para combater a dengue, zika e chikungunya, doenças provocadas pelo mosquito Aedes aegypti. A mais nova arma contra o vetor é a biofábrica Wolbachia, que pode produzir mosquitos capazes de conter o avanço das arboviroses.
Vale ressaltar que os Wolbitos, como são chamados essas esses novos insetos, não são transgênicos e não transmitem doenças. O método é uma iniciativa do World Mosquito Program (WMP), conduzida no país pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Uma campanha lançada pelo Governo do Estado apresenta a novidade à população. A estratégia publicitária para informar os mineiros será veiculada até 12/5/2023, com inserções em TV, rádio, Facebook, Instagram, TikTok, Youtube, mídia programática (banners rede de display) e carro de som (nas 39 cidades onde o índice de Dengue está mais alto).
Biofábrica
No mês passado, o Governo de Minas anunciou o início das obras da Biofábrica Wolbachia ainda em abril.
A construção da unidade para controle de arboviroses está prevista no Acordo Judicial firmado pelo poder público com a Vale, em razão dos danos provocados pelo rompimento da barragem na Mina do Córrego Feijão, em Brumadinho, 2019.
A tragédia tirou 272 vidas e gerou série de impactos sociais, ambientais e econômicos na bacia do Rio Paraopeba e em todo o Estado de Minas Gerais. A biofábrica será instalada em um terreno do Estado localizado no bairro Gameleira, região Oeste de Belo Horizonte, com um valor de construção de mais de R$ 20 milhões. Em um primeiro momento, atenderá 22 municípios da Bacia do Rio Paraopeba.
Esforços da população
A participação da população é fundamental no combate às doenças provocadas pelo Aedes aegypti. O mosquito coloca ovos em recipientes com água parada. Assim, os moradores precisam eliminar todos os possíveis focos em seus imóveis
Caixas d’água sem cobertura, pneus, pratinhos de vasos de planta, calhas, latas, são alguns dos possíveis criadouros do mosquito.
Números das doenças em Minas
Febre, dores nas articulações, erupções ou irritação na pele são alguns dos sintomas mais comuns da dengue, zika e chikungunya. Em caso de agravamento dos sintomas, é preciso procurar atendimento médico.
De acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), até segunda-feira (17/4), o estado havia registrado 207.763 casos prováveis de dengue. Desse total, 87.165 casos foram confirmados. Trinta e nove pessoas morreram com a doença este ano.
Havia 46.766 casos prováveis de chikungunya, sendo 18.494 confirmados, além de 11 óbitos. Os casos prováveis de zika eram 202, com 19 confirmados, sem óbitos confirmados. Saiba mais sobre as doenças clicando aqui.
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