DECEMBER 9, 2022


SALÃO DOS VICENTINOS, NO BAIRRO RENASCENÇA, PEDE SOCORRO

Moradores já demostraram interesse em assumir as obras do local, mas não foram autorizados pelos Vicentinos

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Foto: Carlos Henrique Silva

Repórter Larissa Durães

O líder comunitário da região do Renascença, em Montes Claros, Carlos Henrique Silva, denunciou o descaso que vem acontecendo a quase cinco anos no salão dos Vicentinos do bairro após a saída da igreja do local. “Depois que a igreja católica saiu desse espaço, o salão continuou as atividades com grupos de orações, reuniões dos próprios Vicentinos, reuniões da comunidade, velórios da região, mas com o passar dos anos, os danos ao imóvel começaram a ser maiores”.

Carlos relata que o telhado começou a ter problemas e corria sério risco de desabar. A comunidade se prontificou de fazer o passeio, porque era de terra, e a cerca de cinco anos o espaço começou a ficar abandonado e a estrutura cada vez mais debilitada, provocando assim o abandono por parte dos grupos.

Desde a inauguração, na década de 1980, o salão foi muito utilizado pela comunidade do bairro Renascença. “No começo da sua história, o salão chegou a abrigar a Paróquia Menino Jesus de Praga, tinha missas e encontros pastorais que aconteciam lá”. Segundo Carlos, com o passar dos anos, a igreja ganhou um terreno no bairro Vila Alice Maia, e se mudou para lá dando início ao degrado. “Depois ficamos sabendo que o terreno é dos Vicentinos, e não da igreja, e tentamos entrar em um acordo com eles e não conseguimos até hoje”, conta Carlos.

Os Vicentinos são um grupo da igreja católica, que tem um carisma na questão da doação, do acolhimento às pessoas que mais sofrem.

No ano de 2021, Carlos diz que propôs, ao presidente Aparício Fernandes de Oliveira, que era o presidente do Conselho Metropolitano de Montes Claros (SSVP) e responsável pelos Vicentinos, de assumir a reforma do espaço. “A gente iria criar uma associação de moradores, e através de bingos, rifas, iríamos levantar o dinheiro para colocar o salão pra funcionar”. Carlos conta que ainda disse para o presidente da época que não iriam fazer obras faraônicas, entretanto, iriam fazer o salão funcionar depois das pequenas obras realizadas pela comunidade.

Segundo Carlos, o presidente Aparício pediu um tempo para verificar com outros membros a proposta da comunidade do Renascença. “Um mês depois, ele me disse que os Vicentinos estavam levantando recurso para esta obra e que não seria viável essa ajuda da comunidade. Mas eu indaguei e disse que nós, como comunidade, gostaríamos de fazer esse salão voltar a funcionar. Mas não aceitaram a nossa ajuda e também não reformam”, lamenta o líder comunitário.

“Por isso estou fazendo essa denúncia como um grito de socorro, para mostrar a cidade que a comunidade do Renascença, está a par de tudo que acontece no salão e se propôs a ajudar, mas o Conselho Metropolitano de Montes Claros, rejeitou essa ajuda e de lá pra cá o degrado só tomou conta do espaço e não temos salão e não podemos ajudar e ninguém faz nada pra resolver esse grande problema para a comunidade do Renascença”, diz angustiado.

Conselho Metropolitano de Montes Claros

Procurada pelo Portal WebTempo, a nova presidente do Conselho Metropolitano de Montes Claros, Dalvina Ribeiro Miranda, diz que o salão está funcionando, já que tem uma conferência que se reuni lá. “O que precisa é de uma reforma que a diretoria do conselho já está providenciando. Mas depende de fazer um projeto e depende de parceria, mas já estamos vendo tudo isto”, assegura a presidente.

Em relação ao tempo para que as obras comecem e terminem, Dalvina diz que ainda estão desenvolvendo o projeto e que ainda terão uma reunião na semana que vem para apresentar o projeto e vê a proposta, mas garante que as obras vão sair ainda neste ano.

Indagada sobre a possível contribuição da comunidade do Renascença, a presidente delega para a diretoria. “Porque o patrimônio é da Sociedade São Vicente de Paula, e é claro que o espaço é alugado, é emprestado”. Dalvina, questiona o interesse criado pelo salão e argumenta. “Porém, quando tem gente que quer ajudar, mas com outros interesses com intenção de ser proprietário e dono, aí a gente não admite”, declara a presidente.

Dalvina finaliza dizendo que “a primeira reunião será realizada pela diretoria e conselho, e só depois acontecerá uma reunião envolvendo os moradores do Renascença”, informa a presidente do Conselho Metropolitano.  

No caminho certo

Após o Portal WebTempo procurar a presidente do conselho, Dalvina Ribeiro Miranda, para realizar esta matéria, o líder da comunidade do Renascença informou que foi procurado para uma possível reunião. “Me procuraram pra uma reunião”, disse satisfeito e esperançoso o líder comunitário, Carlos Henrique Silva.

Fotos: Carlos Henrique Silva
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