Dois homens, 24 e 36 anos, foram presos pela Polícia Civil de Minas Gerais nessa quinta-feira, 20 de outubro, em Porteirinha, na região Norte do Estado, durante operação de repressão aos crimes contra o patrimônio. Os alvos, um Policial Penal e um segurança, são suspeitos de roubar 70 mil reais de um supermercado, localizado no município, em 17 de outubro desta ano. Contra os suspeitos foram cumpridos mandados de busca e apreensão e prisão temporária.
O Crime
No dia dos fatos, pela manhã, um indivíduo armado entrou no supermercado e subtraiu o malote do estabelecimento. Conforme relatado pelas vítimas, o suspeito era alto e tinha pele clara. Além disso, usava máscara de proteção para cobrir o rosto, blusa e calça pretas e um chapéu muito semelhante ao adereço que era usado pela polícia penal.
As testemunhas informaram ainda, que antes de abordar a funcionária responsável pelo financeiro exigindo os valores, o suspeito teria conversado por alguns segundos com o segurança do supermercado.
Investigação e Prisão
As diligências foram iniciadas por depoimentos e análise das filmagens do local, inclusive, em datas anteriores ao crime. Dessa forma, uma pessoa com características semelhantes ao investigado foi identificada nas imagens. Ele realizou quatro compras no local, pagando com cartão de crédito. Em três delas, não fez uso de máscaras, favorecendo sua identificação. Trata-se de um Policial Penal lotado no município de Monte Azul que reside na cidade de Porteirinha.
A investigação policial apontou também, que antes do crime o suspeito fingiu um encontro casual com a vítima, bem como, teria seguido uma funcionária dele até o banco, fazendo-a desistir no meio do trajeto.
Por meio das análises das câmeras foi possível concluir ainda, que no dia do crime o segurança do supermercado indicou ao suspeito a direção que deveria tomar, tendo, em seguida, ido para um lugar distante da cena do crime, retornando após a fuga do investigado.
O delegado que coordenou a investigação, Dr. André Nunes Barbosa Brandão, disse que os suspeitos mantiveram diálogos antes e depois do crime, por meio de mensagens e ligações. Durante estes contatos, o segurança foi orientado a destruir provas da aliança entre eles. “No dia do roubo, uma hora antes do crime, o suspeito teria ligado para o segurança do supermercado, a ligação ficou registrada no celular dele. Em outra pesquisa, tivemos acesso a um áudio em que o servidor público orienta a destruição de provas, ou seja, deletar as conversas”, esclareceu o Delegado.
Os suspeitos foram presos em virtude do cumprimento dos mandados. Eles encontram-se à disposição da Justiça. As diligências continuam visando concluir o Inquérito Policial em trâmite.
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