O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, chegou nesta quinta-feira (10) em Montes Claros para cumprir agenda política no Norte de Minas. Ás 8h, Salles cedeu entrevista coletiva para a imprensa no Aeroporto Mário Ribeiro e falou sobre as ações ambientais desenvolvidas na região. A visita faz parte do Programa Nacional de Recuperação de Áreas contaminadas e também do projeto “Lixão zero”.
Entre os compromissos, Salles participou do encerramento de um lixão a céu aberto em Francisco Dumont e também da inauguração da Unidade de Triagem e Compostagem (UTC) na cidade. De acordo com o ministro, ao todo, soma-se 15 áreas de descarte de lixo desativadas no Norte de Minas.
Ricardo Sales explica que entre as ideias aplicadas no programa está a recuperação das terras que foram contaminadas devido ao despejo de lixo por longos anos.
“As áreas que ficam contaminadas em decorrência de antigos lixões, poços de gasolina, antigas indústrias, por exemplo, vai acumulando um passivo de áreas contaminadas em todo o Brasil. Essas áreas precisam ser corretamente recuperadas e destinadas para uma nova finalidade. Hoje, o Norte de Minas amplia o programa ‘Lixão Zero’. Além disso, também terá a unidade de triagem e reciclagem de lixo, o monitoramento de áreas contaminadas, e também o programa de combate a desertificação”.
Ainda de acordo com o ministro, 46 municípios do Norte do estado serão beneficiados com os planos ambientais e cerca de 1 milhão de pessoas devem ser beneficiadas. Só para as ações de implantação de Unidades de compostagem e reciclagem, Salles diz que foram investidos R$ 580 milhões em todo o país. Desse montante, cerca de 10% foram destinados para a região dentro do programa “Zero Lixão”.
“O valor total dessa primeira fase deve chegar em R$ 60 milhões, isso atingirá, de primeira hora, 46 municípios da região e também tem o plano de desertificação, que contempla praticamente todos os municípios do Norte de Minas”.
Durante a coletiva, o senador Carlos Viana (PSD) lembrou que a continuidade dos projetos ambientais e de saneamento básico no país e no estado depende da liberação de recursos e reversão de multas.
“É difícil falar em preservar água, como temos trabalhado grande programas de combate a seca, sem falar da deposição correta do lixo. São duas políticas públicas que tem que andar, mas agora precisamos do dinheiro das multas impostas sobre a Valle, para que a gente avance mais rapidamente na ajuda das prefeituras e na deposição correta dos resíduos”, afirma.
Para finalizar a visita pela região, o ministro Ricardo Salles, vai até o Parque da Sempre viva, na Serra do Espinhaço, nesta sexta-feira (11). O local é um dos sete parques nacionais dentro do território do Norte de Minas. Segundo Salles, o parque vai receber uma parcela de R$ 20 milhões advinda da multa aplicada sobre a Valle pela tragédia em Brumadinho.
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