DECEMBER 9, 2022

Geração TV Globo x Geração Redes Sociais

Apesar, de é claro, ainda exercerem muita influência estamos caminhando par ao mundo em que as redes sociais e seus “ influencers” realmente influenciam , seja positivamente, seja negativamente, a milhares e milhares de pessoas.

Foto: Ilustração: Blog Sala de TV

Impressionante observamos como as coisas mudaram muito de alguns anos para cá no que se refere a impacto dos meios de comunicação no nosso dia a dia e principalmente nos rumos da política e das ações de Governo. Na década de 80 e 90 a TV Globo conseguia eleger Presidentes, Governadores, Senadores, Deputados e Prefeitos. A grande mídia chefiada pela Globo e também completada pelo sistema de TV Aberta Record, Band e SBT ditavam as normas. Já no ano 2000 a TV aberta começa a perder força para a TV de assinatura, streeamers e para as Redes Sociais : Facebook, Instagram, X, Whats App, Tick Tock e Youtubee.  As pesquisas no Google também revolucionaram toda esta dinâmica de informação e contra informação.

Apesar, de é claro, ainda exercerem muita influência estamos caminhando par ao mundo em que as redes sociais e seus “ influencers” realmente influenciam , seja positivamente, seja negativamente, a milhares e milhares de pessoas.

Vamos citar apenas dois exemplos para demonstrar o que venho comentando: O Deputado à Assembleia Nacional francesa mais votado no an de 2024 foi um jovem de 23 anos que tem o maior número de seguidores no Tik Tok. O Deputado Federal mais votado de Minas Gerais, Nikolas Ferreira, é o jovem com mais seguidores no Instagram e Facebook em Minas Gerais. Apenas dois exemplos pinçados do mundo da política. Sem desmerecer a qualidade de ambos, jovens parlamentares, na década de 90, as TVs projetavam seus apresentadores e empresários escolhidos e os projetavam no dia a dia das famílias resultando em voto. A TV aberta hoje atinge apenas 23 por cento da audiência da população brasileira. Tanto é que a Rede Globo, para não ficar para trás, criou também a sua TV Fechada e streamer criando a GloboPlay. As redes de rádio AM também participam hoje com apenas 35 por cento de audiência da população brasileira ativa, quando já teve uma participação de quase 80 por cento nas décadas de 80 e 90.

São reflexões importante que temos que nos debruçar, uma vez que a lógica das coisas mudaram. Não basta ser um ótimo professor. Nâo basta ser um, grande orador. Nâo basta ser um médico ou um advogado renomado. Nâo basta ser um profissional de sucesso. Definitivamente, hoje, as redes sociais predominam a formação da opinião. Óbviamente que para uma eleição a vereador, ou mesmo Prefeito Muncipal ( eleição mais localizada) a Rede social não tenha tanta importância; mas uma eleição presidencial e para governador ela será cada vez mais fundamental. Não é à toa que o Presidente Lula trocou o Ministro das Comunicações atual pelo marketeiro e influenciador digital Sidônio Palmeira. Cinquenta por cento da eleição se dará através da mídia digital. Não basta ter um discurso. Este discurso terá que ter repercussão na mídia digital. 

O recente episódio do monitoramento do Pix é o maior exemplo da força das redes sociais que conseguiram cancelar uma Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil. E ainda provocou o Ministério da Fazenda a editar uma Medida Provisória reforçando a não taxação do Pix.

Observem com cuidado como vem perdendo força a TV aberta para a Netflix e o PrimeVídeo e as rádios para os PodCasts na Internet. Não estou a dizer que novas lideranças políticas não surgirão. Muito antes pelo contrário. Mas estas novas lideranças, necessariamente, terão que estar conectada a este novo mundo digital, em que infelizmente, observamos muitas fakenews, injúrias, difamações e calúnias. Para muitos a internet é “ terra de ninguém”. E não pode ser assim”!

Por fim a recente decisão da Meta Facebbok de não filtlrar mais discurso de ódio e outros na plataforma trás muita preocupação para nossa debilitada democracia que procura sustentar; apesar dos extremismos, de ambos os lados, apesar da desesperança com uma economia que caminha a passos largos para um estrangulamento em função do desequilíbrio fiscal e da alta de juros. Fiquemos, portanto, atentos; Porque “ nem tudo que reluz é ouro”. Na internet, por seu turno, nem tudo que é falado e mostrado é real. Precisamos distinguir o joio do trigo, o bem do mal e o aceitável do inaceitável.

 

Gustavo Mameluque. Jornalista. Colaborador do Jornal de Notícias e da Revista Tempo. Correspondente do L’Osservatore Romano para Minas Gerais.

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