DECEMBER 9, 2022

FATOS & DETALHES

Pecê Almeida Júnior é jornalista e publicitário

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AS MÁQUINAS VENCERAM

A situação venceu as eleições em todos os três consórcios ou associações macrorregionais que elegeram seus presidentes até agora no Norte de Minas. No CIMAMS, a vitória foi de Tampinha (União Brasil), prefeito de Curral de Dentro, candidato do ex-presidente Valmir Morais, que venceu o prefeito de Janaúba, Zé Aparecido (PSD), por 59 a 34 votos. Na AMAMS, Ronaldinho Mota Dias (PL), ex-secretário-executivo da entidade até se licenciar para disputar a Prefeitura de São João da Lagoa, e apoiado pelo ex-presidente Nilsinho, foi eleito por aclamação. Também por aclamação, Miguelzinho de Elmar (PSD), prefeito de Joaquim Felício, foi eleito no Codanorte, substituindo Eduardo Rabelo, ex-prefeito de Francisco Dumont, que o apoiava.  

AS MÁQUINAS VENCERAM II

De última hora, o prefeito de Januária, Maurício Almeida (Podemos), desistiu de concorrer ao Codanorte, alegando controle da entidade sobre a lista de prefeitos aptos a votar. Essa reclamação, sem discutir o mérito de sua justiça ou contexto político, acontece em praticamente todas as eleições disputadas das entidades municipalistas — algo que presencio desde que atuo na imprensa. Esse mesmo debate está em curso na eleição do CISRUN, onde se enfrentam, pela situação, o prefeito de Icaraí de Minas, Gonçalo (PT), e, pela oposição, o prefeito de Montes Claros, Guilherme Guimarães (União Brasil). Cada entidade possui suas próprias regras de adimplência, o que pode impedir que alguns prefeitos filiados votem ou sejam votados. No entanto, nunca presenciei nenhuma dessas eleições ser revertida por meio de contestação jurídica.  

AS MÁQUINAS VENCERAM III

Recordando um pouco, a única eleição de associação municipalista que me lembro em que o grupo situacionista foi derrotado ocorreu na AMAMS, há alguns anos. Na ocasião, o então presidente Valmir Morais apoiou o à época prefeito de Matias Cardoso, Edmárcio Leal, para sucedê-lo. Edmárcio não venceu na AMAMS, mas posteriormente triunfou na eleição do recém-criado CIMAMS, que inicialmente era um consórcio subordinado à AMAMS, formado para gerir a iluminação pública dos municípios filiados. Mais tarde, o CIMAMS tornou-se um consórcio multifinalitário independente, com estrutura maior que a da própria AMAMS, ainda sob gestão de Edmárcio.  

QUEDA DE BRAÇO

A disputa de influência entre os deputados Arlen Santiago e Marcelo Freitas, de um lado, e Paulo Guedes, associado ao senador Rodrigo Pacheco e outros parlamentares da região, teve seu primeiro round na eleição do CIMAMS, com vitória dos deputados da direita. O segundo round está agendado para o dia 16, na eleição do CIMAMS/SAMU, quando o grupo de Paulo tentará manter-se no comando enquanto Marcelo e Arlen buscam conquistar espaço. O terceiro round, que seria no Codanorte, foi evitado com a desistência do prefeito de Januária e a eleição em chapa única do prefeito de Joaquim Felício.  

ESPÓLIO DE GUERRA

Resta saber qual será o impacto eleitoral efetivo dessas disputas para os deputados diretamente envolvidos. Eles ganharão ou perderão votos em 2026? Terão mais ou menos apoio de prefeitos e suas respectivas oposições? No final das contas, é esse o cálculo que precisa ser feito.  

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