DECEMBER 9, 2022

Terremoto no Tibete em 2025 deixa 95 mortos, 130 feridos e milhares de desabrigados

Tremor foi sentido também no Nepal, Butão, e no norte da Índia

Foto: Divulgação/ AP

Um terremoto devastador, de magnitude 6,8, atingiu o condado de Tingri, no Tibete, na manhã desta terça-feira, causando a morte de pelo menos 95 pessoas e deixando outras 130 feridas. O sismo foi registrado às 9h05, a uma profundidade de 10 km, próximo à fronteira com o Nepal, afetando comunidades locais e sendo sentido em países vizinhos como Índia, Nepal, Butão e Bangladesh. A intensidade do tremor e sua localização geográfica contribuíram para a destruição de milhares de estruturas, incluindo residências, templos e estradas.

A região de Tingri, conhecida por suas montanhas imponentes e sua importância cultural, foi uma das mais atingidas. Mais de mil residências desabaram, impactando diretamente a vida de 6.900 pessoas em um raio de 20 km ao redor do epicentro. Relatos de moradores apontam para o pânico e a dificuldade de evacuação, agravados pelas condições climáticas e geográficas adversas.

Equipes de resgate foram mobilizadas imediatamente após o terremoto. Mais de 1.500 socorristas, entre bombeiros, militares e voluntários, foram enviados para a região. A prioridade é encontrar sobreviventes sob os escombros, mas os esforços são dificultados pelo terreno montanhoso, pela altitude elevada e pelas baixas temperaturas típicas do Tibete.

Impacto imediato nas comunidades locais

O terremoto provocou um colapso generalizado da infraestrutura em Tingri e nas regiões adjacentes. A cidade de Shigatse, considerada um centro cultural e religioso, sofreu danos extensos, com templos históricos e estruturas modernas parcialmente destruídas. Deslizamentos de terra e avalanches foram registrados em áreas próximas, bloqueando estradas e isolando comunidades inteiras.

O presidente Xi Jinping ordenou que esforços prioritários fossem direcionados para salvar vidas e evitar desastres secundários. Além disso, o governo chinês alocou 100 milhões de yuans para assistência emergencial, incluindo suprimentos médicos, alimentos, água e abrigos temporários. Abrigos improvisados foram instalados para acomodar os desabrigados, enquanto engenheiros avaliam os danos estruturais para evitar mais desmoronamentos.

Histórico sísmico e vulnerabilidade da região

O Tibete está localizado em uma das zonas sísmicas mais ativas do mundo devido à colisão constante das placas tectônicas indiana e eurasiática. Essa interação tectônica é responsável pelos frequentes terremotos na região do Himalaia, incluindo eventos de grande magnitude. Em 1950, um terremoto de magnitude 8,6 na região de Assam-Tibete causou cerca de 4.800 mortes. Já em 2015, um tremor de 7,8 no Nepal resultou em quase 9.000 mortes e impactos significativos no Tibete.

A vulnerabilidade do Tibete é agravada por sua geografia única. O terreno montanhoso dificulta o acesso às áreas afetadas, enquanto as baixas temperaturas aumentam o risco de hipotermia para as vítimas presas sob os escombros. Além disso, muitos edifícios na região não são construídos para resistir a terremotos de alta magnitude, o que resulta em maior número de desabamentos e vítimas.

Desafios enfrentados pelas equipes de resgate

As operações de resgate estão sendo realizadas em condições extremamente desafiadoras. As equipes enfrentam dificuldades para acessar as áreas mais remotas devido aos deslizamentos de terra que bloquearam estradas e trilhas. Helicópteros estão sendo usados para alcançar comunidades isoladas, mas o clima imprevisível e os ventos fortes dificultam as operações aéreas.

Outro obstáculo significativo é a escassez de recursos médicos nos hospitais locais, que não estão equipados para lidar com um grande número de feridos. Ambulâncias estão transportando pacientes para centros médicos em cidades maiores, enquanto médicos voluntários chegam de outras partes da China para auxiliar nos atendimentos.

Medidas preventivas e estratégias de mitigação

Embora o governo chinês tenha investido em medidas preventivas, como treinamentos de evacuação e construção de edifícios resistentes a terremotos, ainda há muito a ser feito para reduzir os impactos de desastres naturais na região. Organizações locais e internacionais destacam a importância de sistemas de alerta precoce e de planos de evacuação eficientes.

Entre as medidas já implementadas, destacam-se:

  1. Construção de escolas e hospitais com estruturas reforçadas.
  2. Treinamentos regulares para a população local sobre como reagir durante terremotos.
  3. Monitoramento constante da atividade sísmica por meio de estações avançadas.

Apesar dessas iniciativas, as características geográficas do Tibete tornam a implementação de algumas medidas um desafio logístico e econômico significativo.

Impacto econômico e necessidade de reconstrução

Os danos causados pelo terremoto são extensos e incluem a destruição de estradas, pontes, redes de energia e instalações de telecomunicações. A estimativa preliminar de perdas econômicas ultrapassa bilhões de yuans, considerando tanto a reconstrução da infraestrutura quanto a assistência emergencial para os desabrigados.

A recuperação completa da região pode levar anos, exigindo esforços coordenados entre o governo chinês, organizações humanitárias e investidores privados. Programas de reconstrução priorizarão áreas residenciais e infraestrutura essencial, enquanto esforços paralelos serão feitos para restaurar locais de importância cultural e religiosa.

Solidariedade internacional e assistência humanitária

A comunidade internacional reagiu rapidamente ao desastre. Diversos países ofereceram ajuda, incluindo equipes de resgate e suprimentos médicos. Organizações humanitárias também estão mobilizando recursos para apoiar os esforços de socorro. Essa colaboração internacional é vista como crucial para acelerar a recuperação e minimizar o sofrimento das vítimas.

A importância de uma abordagem proativa

Especialistas em sismologia alertam que eventos como o terremoto no Tibete de 2025 continuarão a ocorrer devido à dinâmica tectônica da região. Portanto, é essencial que governos e comunidades invistam em medidas de mitigação e preparação. A construção de sistemas de alerta eficazes, a educação da população sobre desastres naturais e o fortalecimento das infraestruturas podem reduzir significativamente o número de vítimas em futuros terremotos.

Curiosidades sobre a geografia sísmica do Tibete

  1. A colisão entre as placas indiana e eurasiática é responsável pela formação do Himalaia.
  2. O Monte Everest, localizado na região, cresce cerca de 4 mm por ano devido ao movimento tectônico.
  3. O Tibete possui uma das altitudes médias mais altas do mundo, com cerca de 4.500 metros acima do nível do mar.

Dados adicionais sobre o impacto do terremoto

  • Profundidade do epicentro: 10 km.
  • Número de edifícios desabados: mais de 1.000.
  • Número de pessoas deslocadas: 6.900.
  • Recursos alocados pelo governo: 100 milhões de yuans.
  • Equipes de resgate mobilizadas: 1.500.

Relatos de sobreviventes e resiliência da população local

Moradores relataram momentos de terror durante o terremoto, com edifícios desabando ao seu redor e estradas sendo bloqueadas por deslizamentos de terra. Apesar das adversidades, a solidariedade entre os residentes tem sido um fator crucial para enfrentar a crise. Voluntários locais estão auxiliando as equipes de resgate e distribuindo alimentos e cobertores para as famílias afetadas.

Impactos duradouros e perspectivas para o futuro

O terremoto no Tibete em 2025 é um lembrete da vulnerabilidade das regiões montanhosas a desastres naturais. Ele destaca a necessidade de esforços contínuos para proteger comunidades e preservar a riqueza cultural e natural da região. À medida que a resposta emergencial avança, a reconstrução e a preparação para futuros eventos devem permanecer no centro das prioridades.

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