**OPERAÇÃO NA AMMESF** 

A Associação dos Municípios da Bacia do Médio São Francisco (AMMESF), presidida pelo prefeito de Buritizeiro, Pedro Braga (PSD), que é sobrinho do ex-prefeito de Pirapora, Warmillon Braga, foi alvo, nesta semana, de uma operação conduzida pelo Ministério Público de Pernambuco, por meio do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (GAECO), que cumpriu mandados de busca e apreensão. A suspeita é de que uma gráfica de Pernambuco tenha produzido, de forma fraudulenta, uma ata de registro de preços junto à AMMESF, utilizando um processo licitatório irregular. Essa ata estaria sendo empregada pela Prefeitura de Ipojuca, em Pernambuco, com preços superfaturados, conforme apuração do MP. O fato curioso é que a gráfica vencedora do certame não prestou serviços a municípios do Norte de Minas, onde a AMMESF está localizada.

**ARQUIVAMENTO DE INQUÉRITO** 

Em Brasília de Minas, o Ministério Público solicitou, e a Justiça deferiu, o arquivamento de um inquérito da Polícia Civil que investigava a contratação de serviços de locação de máquinas e veículos pelo ex-prefeito Professor Geélison (MDB). O promotor João Paulo Fernandes, em documento oficial, destacou: “Das diligências realizadas, nenhum dado ou elemento que pudesse gerar incriminação dos investigados foi obtido ou elucidado. Ao contrário, conforme depoimento de dois gestores do CIMAMS, a forma de licitação e contratação de serviços perante a CSTB ocorreu de maneira regular em Brasília de Minas, sendo que, até hoje, a cooperativa continua desempenhando suas funções.”

Esse inquérito, agora arquivado, foi amplamente explorado pelos adversários de Geélison durante o último pleito eleitoral, vencido pelo atual prefeito Marcus Vinícius (União Brasil), como estratégia para desgastar sua campanha e enfraquecer sua tentativa de retorno à Prefeitura.

**CIMAMS** 

As contas dos candidatos à presidência do CIMAMS, Zé Aparecido, prefeito de Janaúba, e Tampinha, prefeito de Curral de Dentro, não coincidem. Em um pleito que deverá contar com cerca de 90 votantes, Zé Aparecido afirma ter 55 votos garantidos, enquanto Tampinha alega possuir o apoio de 70 prefeitos. Curiosamente, a soma dos votos declarados por ambos supera o número de eleitores aptos a participar.

O clima está acirrado, e a eleição do CIMAMS promete gerar fortes ruídos nas relações políticas do Norte de Minas, independentemente do resultado.

**NÃO SE CUMPRIMENTARAM** 

Durante a cerimônia de diplomação em Januária, o prefeito reeleito, Maurício Almeida, e o vice-prefeito eleito, Zé Reis, sequer se cumprimentaram, evidenciando um rompimento antes mesmo da posse. Em seu discurso, Maurício fez questão de enaltecer o atual vice-prefeito, Marlon Brito, que precisou ceder sua vaga na chapa de reeleição para o ex-deputado Zé Reis. A mudança foi fruto de um acordo costurado pela direção estadual do Podemos, controlada pelo secretário de Estado da Casa Civil, Marcelo Aro.

Maurício aceitou a troca para garantir a legenda e viabilizar sua candidatura à reeleição, mas ainda não digeriu a manobra. Zé Reis, pré-candidato a deputado estadual em 2026, não deverá ter espaço na nova administração. Por outro lado, Marlon Brito deve ser nomeado para um cargo de supersecretário, assumindo, na prática, funções equivalentes às de vice-prefeito.

**NÃO SE CUMPRIMENTARAM II** 

O clima tenso entre Maurício Almeida e Zé Reis também sugere mudanças nas ambições políticas do prefeito reeleito. Maurício parece ter descartado a possibilidade de se candidatar a deputado federal nas próximas eleições. Isso porque, caso se licencie do cargo para disputar o pleito, Zé Reis assumiria a Prefeitura. Para evitar esse cenário, Maurício deve optar por completar seu segundo mandato até o fim.

**FALE COM A COLUNA** 

Participe da nossa lista de transmissão no *WhatsApp* enviando uma mensagem para (38) 99865-5654 e manifestando seu interesse. Acompanhe-nos também pelo Instagram [@pecealmeidajunior](https://www.instagram.com/pecealmeidajunior). Muito obrigado e até a próxima!

 

 

Compartilhe: