Em função dos eventos climáticos extremos que estão se acentuando no Brasil nos últimos anos, a Cemig investiu R$ 7 milhões e promoveu uma atualização do sistema que faz a detecção de raios em sua área de concessão em Minas Gerais. A ferramenta é fundamental para o auxílio na previsão do tempo feita pela Centro de Meteorologia da empresa.
“Esse sistema é composto por uma rede de sensores que detectam a ocorrência de descargas atmosféricas. Após os sinais dos relâmpagos serem registrados pelos sensores, eles são enviados às centrais de processamento que identificam a localização e as características do fenômeno. Esses dados são disponibilizados para visualização em tempo real e armazenados para análises históricas”, explica o gerente de Planejamento Energético da Cemig, Ivan Carneiro.
Apenas em 2023, a área especializada em analisar as condições atmosféricas da companhia contabilizou dois milhões de descargas atmosféricas no estado, número que é 150% maior do que o registrado no ano anterior.
De acordo com o Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT), cerca de 70% dos desligamentos das linhas de transmissão e 40% das ocorrências na distribuição são provocados por raios. Além disso, o ELAT informa que, aproximadamente, 40% dos transformadores também são queimados pelo mesmo motivo.
O desligamento de uma linha causado por uma descarga atmosférica ocorre quando o raio atinge diretamente uma das fases, resultando na ruptura do isolamento e na formação de um curto-circuito visível como um arco elétrico. Esse fenômeno também pode ocorrer quando a descarga atinge o cabo de guarda ou a torre de energia, gerando um arco elétrico entre estes elementos e uma das fases da rede.
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