DECEMBER 9, 2022


Em nova vitória de Zema, ALMG aprova reajuste do Ipsemg em definitivo

Em tramitação desde abril, proposta, que teve alterações em plenário, foi aprovada com 36 votos favoráveis e 21 contrários

Foto: Daniel Protzner

Após reconduzir Tadeu Leite (MDB), o Tadeuzinho, para mais um mandato à frente da presidência, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou, em definitivo, nesta quarta-feira (4 de dezembro), o reajuste do piso e do teto do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado (Ipsemg) em mais de 80%. Em nova vitória do governo Romeu Zema (Novo), o Projeto de Lei (PL) 2.238/2024 foi aprovado com 36 votos favoráveis e 24 contrários.

Ao contrário do 1° turno, o bloco de oposição a Zema não repetiu a postura de obstrução. Desde o início da tramitação em 2° turno trabalhando por “redução de danos”, o bloco emplacou mudanças no PL 2.238/2024. Nesta quarta, a alíquota adicional de 1,2% para pessoas com 59 anos ou mais foi reduzida para 1%, elevando o índice para 4,2% nesta faixa etária. Como o texto já estava em plenário, a alteração foi feita por meio de uma emenda do Colégio de Líderes.

Além da redução da alíquota adicional, o PL 2.238/2024 estende a isenção da cobrança da alíquota adicional de 1% para pessoas com 59 anos ou mais com até dois salários-mínimos. Antes, o limite da isenção era para quem recebesse até um salário-mínimo. O texto aprovado em 2° turno nesta terça ainda devolve a isenção de cobranças a dependentes menores de 21 anos cujos titulares ganham até dois salários-mínimos. Conforme a proposta original, eles pagariam o piso de R$ 60.

A oposição a Zema já havia emplacado duas alterações ao PL 2.238/2024 nessa terça-feira (3 de dezembro), durante a análise na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária. A partir de emenda da deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), a autorização para vender seis imóveis do Ipsemg, sendo cinco em Belo Horizonte e um em São João del-Rei, Região Central de Minas Gerais, foi excluída do texto. Juntos, eles eram avaliados em cerca de R$ 61 milhões.

Além de derrubar a alienação dos imóveis, o PL 2.238/2024 dará direito a servidores contratados temporariamente a continuar usufruindo do Ipsemg mesmo caso se aposentem pelo Regime Geral de Previdência Social e não pelo Regime Próprio de Previdência Social. Até então, professores contratados temporariamente, por exemplo, tinham que deixar o Ipsemg caso se aposentassem pelo INSS.

Apesar das alterações, o PL 2.238/2024 ainda aumentará o piso e o teto de contribuição ao Ipsemg. A alíquota de será mantida em 3,2% dos salários dos servidores, mas o piso subirá de R$ 33,02 para R$ 60 e o teto, de R$ 275,15 para R$ 500. Os maiores de 21 anos, por sua vez, deixarão de pagar R$ 30 para pagar R$ 90. Já os cônjuges, que hoje estão dentro do teto familiar, vão passar a ter um teto individual.

Com as alterações em 2° turno, a oposição a Zema abandonou a postura de obstrução. O PL 2.238/2024, que está desde abril na ALMG, foi aprovado na primeira reunião em que foi levado à pauta do plenário em 2° turno. Durante a votação em 1° turno, a obstrução do bloco se estendeu das 14h às 19h, adiando a discussão para 15 dias depois, quando o texto foi aprovado por 43 votos favoráveis e 20 contrários.

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