A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) vai receber 76,02% dos recursos destinados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) no edital 09/2024, cujo resultado foi publicado hoje (11/11). O objetivo do órgão de fomento é estimular a pluralidade e a diversidade da pesquisa científica, tecnológica, de inovação e as atividades de extensão, em interface com a pesquisa, nas diversas áreas do conhecimento na Unimontes e na UEMG.

A Fapemig selecionou 48 projetos de pesquisa da Unimontes que vão receber R$22.788.727,90 em financiamentos que variam de R$60 mil a R$1 milhão e 250 mil por projeto, a depender da categoria, do tamanho, da complexidade e do número de participantes. Além desses, há outros 33 considerados como prioridade 2 (P2), ou seja, foram aprovados quanto ao escopo, mas ficaram fora do limite de recurso disponível. Sendo liberados mais recursos, estes também poderão ser contemplados.

A Pró-Reitora de Pesquisa, professora Maria das Dores Magalhães Veloso, se coloca à disposição dos pesquisadores para auxiliar na viabilidade da execução dos projetos e comemora o resultado da seleção. “Enquanto instituição, a gente ganha no crescimento da pesquisa e no cumprimento do papel da Universidade para melhoria da qualidade de vida das pessoas de todo Norte de Minas, Vale do Jequitinhonha e Mucuri nos aspectos socioeconômicos e socioambientais. Ou seja, tudo isso repercute na qualidade de vida da comunidade”, afirma.

O Reitor, Wagner de Paulo Santiago, creditou o sucesso ao apoio das pró-reitorias e ao empenho e dedicação dos pesquisadores. “Seguindo nossa orientação, as pró-reitorias envidaram todos os esforços para apoiar os pesquisadores na submissão dos projetos, agora é comemorar e em seguida auxiliar os pesquisadores para que tenham bons resultados com as pesquisas. Quero parabenizar os pesquisadores e pesquisadoras que tiveram projetos aprovados, desejar muito sucesso com as pesquisas e dizer que a pesquisa na Unimontes se consolida cada vez mais, graças ao excepcional trabalho que executam.”

A pluralidade e os diversos campos do conhecimento contemplados pelos projetos de pesquisa da Unimontes reforçam a importância da universidade no processo de desenvolvimento econômico, social e cultural do estado de Minas Gerais, sobretudo nas regiões Norte, Nordeste, Noroeste, Vale do Jequitinhonha e Vale do Mucuri.

A professora do departamento de enfermagem da Unimontes e enfermeira do Hospital Universitário, Carla Silvana de Oliveira Silva, teve seu projeto selecionado. Ela vai investigar a “fadiga por compaixão” que acomete especialmente profissionais da saúde, fenômeno de exaustão psicossocial agravado pela pandemia de Covid-19. “Os resultados vão além da investigação da prevalência nesse público, incluem a possibilidade de promoção de ações de intervenção e políticas públicas voltadas à saúde do trabalhador”, destaca.

Muitos dos temas tratam de questões diretamente relacionadas aos desafios da realidade regional, demonstrando a aderência do escopo das pesquisas aos propósitos de desenvolvimento estadual em diversos âmbitos.

Só para se ter uma ideia, dentre as iniciativas de pesquisa contempladas estão a produção de biocombustível; elementos da cadeia extrativista da agricultura familiar; meliponicultora; dinâmica das populações; particularidades das questões sociais no Norte de Minas; segurança hídrica; mulheres na política; eficiência do uso de água na cultura do feijão; doenças tropicais como Leishimaniose e doença de Chagas; importância dos parques urbanos para manutenção da biodiversidade e experiências da população LGBTQIA+.

Esses são apenas alguns dos projetos que demonstram o potencial e o impacto das pesquisas desenvolvidas pela Unimontes, que contribuem significativamente para o avanço científico e a melhoria da qualidade de vida da população local e regional. A previsão é de que o recurso seja liberado ainda este ano.