O Museu Regional do Norte de Minas (MRMN), durante o mês de novembro, contempla o público com uma série de exposições de artistas que refletem a diversidade e a riqueza das artes contemporâneas, passando pelo intimismo e a temática regional. As mostras envolvem os visitantes com obras vibrantes e de profundo significado.
Vinculado à Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), o Museu Regional tem visitação gratuita, funcionando de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas.
Entre as atrações do museu que podem ser conferidas pelos visitantes neste mês está a exposição de pinturas “Brilho Cor”, da artista plástica Catarina Machado, aberta no dia primeiro e que prossegue até 24 de novembro. A mostra reúne 10 quadros que apresentam uma mistura de elementos que rompem a forma humana e apresentam um imaginário repleto de cor, misticismo e diversidade.
“As telas da exposição representam figuras humanas em um universo paralelo, vibrante e colorido. Elas representam cenas do cotidiano, uma desconstrução das noções de ética e moral do mundo atual”, afirma Catarina Machado, que nasceu em Paracatu (Noroeste do estado) e é radicada em Montes Claros.
A artista plástica ressalta ainda que as obras inéditas da mostra são uma mistura de realidade e imaginação. Ela salienta que as pinturas fazem parte de um projeto iniciado em 2021 que busca trazer à tona elementos complexos como a beleza, o prazer, a moral e a própria psique (alma) humana. “Cada pintura nasceu primeiro em minha mente e, aos poucos, ganhou vida na tela”, explica Catarina.
Já o artista visual norte-mineiro Phelipe Soares, também conhecido como Philbay, graduado em Artes Visuais pela Unimontes, inaugura sua primeira exposição individual no Museu Regional, entre os dias 08 e 25 deste mês. Sua mostra, intitulada “Norte Contemporâneo” é uma coletânea que representa a valorização da cultura do Norte de Minas, especialmente de Montes Claros, e reúne obras produzidas no período de 2020 a 2024.
O trabalho de Phelipe Soares reflete a arte no cotidiano, transitando entre o passado e o presente. De acordo com o artista, a mostra traz à tona elementos culturais frequentemente marginalizados, ao mesmo tempo que transmite sua trajetória acadêmica, pessoal e criativa.
“Tecitura íntima” é o nome da exposição da artista Francisca de Assis que estará aberta no museu no período de 12 a 30 de novembro. Suas obras são um resgate das memórias de infância e juventude que fazem parte de um imaginário repleto de afetos e conexão com suas raízes.
Os trabalhos com azulejaria e mosaico representam uma mistura entre cores e formas na expressão de uma arte feminina cujo processo de criação é lento, subjetivo e essencialmente poético em sua estética, com o uso de rendas, rendados, crochês, pinturas e azulejos. Cada elemento se conecta e se ressignifica de maneira própria por meio de traços e beleza singulares.
As exposições refletem o potencial criativo dos artistas da região e oferecem aos visitantes uma oportunidade única de vivenciar a arte contemporânea, que, por meio de cores, formas e narrativas. Desta forma, o Museu Regional resgata e reinventa o cotidiano e as memórias do Norte de Minas.
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