O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta quarta-feira (16), os baixos salários pagos aos professores no Brasil e se comprometeu a discutir uma política de incentivo à profissão após voltar de viagem à Rússia, onde participará da Cúpula do Brics entre os dias 22 e 24 de outubro.

Em declaração durante cerimônia no Palácio do Planalto nesta manhã, Lula disse que o país precisa incentivar os estudantes que desejam seguir na licenciatura.

“Essa profissão que já foi nobre está sendo destruída. Ninguém quer ser professor. Vamos ter que criar um programa de incentivo para alunos que prestarem o Enem e que tiverem interesse em estudar para se transformarem em professores. É uma profissão que ganha pouco e sofre muito”, disse.

Lula ainda afirmou que a criação do piso nacional dos professores, em seu segundo mandato, encontrou resistência entre os governadores. “Quando aprovamos o piso salarial, muitos não quiseram pagar, disseram que não tinham dinheiro. E olha que é um salário merreca para alguém que toma conta de 40, de 50 crianças em uma sala de aula”, declarou.

A lei que determinou a criação do piso nacional para professores completou 16 anos em 2024. Em janeiro, o Ministério da Educação publicou portaria definindo o novo piso para os professores da educação básica. O aumento não ultrapassou os 3,6%, e o valor mínimo definido pelo governo foi de R$ 4.580,57 para jornadas de, pelo menos, 40 horas semanais.