Minas Gerais passou a ser o estado que mais registrou queimadas em seu território nas últimas 24h. Os dados são do sistema BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). De acordo com a ferramenta, o estado representou mais de 18% dos incêndios que ocorreram no país, com 329 focos entre domingo (15) e esta segunda-feira (16).
Desde o início de setembro – que representou o período de mais gravidade da seca -, o estado mineiro já registrou 3.578 focos de incêndio, o que representa mais uma nova queimada no estado a cada 15 minutos. O estado mineiro é o quinto mais afetado pelas chamas nesse período, atrás do Mato Grosso, Pará, Tocantins e Amazonas.
No último final de semana, a situação escalou de gravidade no estado, fazendo com que Minas Gerais ultrapasse os demais estados e fosse o mais afetado pelas chamas. No período, o trabalho dos bombeiros e brigadistas se concentrou em 13 frentes de combate às chamas em áreas de preservação. Agora, segundo a corporação, são grande incêndios que demandam a atenção dos militares:
- Parque Estadual Serra do Brigadeiro – 15º dia de operação
Localização: Chárica, Região da Zona da Mata - Parque Estadual Serra do Papagaio – 9º dia de operação
Localização: Alfenas, Região Sul de Minas - Parque Estadual do Pau Furado – 15º dia de operação
Localização: Patrocínio, Região do Alto Paranaíba - Parque Estadual Ibitipoca – 4º dia de operação
Localização: Conceição do Ibitipoca, Região da Zona da Mata - Parque Estadual Serra do Cabral – 4º dia de operação
Localização: Janaúba, Região Norte de Minas - RPPN Santuário do Caraça – 6º dia de operação
Localização: Cuaíca, Região Metropolitana de Belo Horizonte - Parque Estadual Serra Negra da Mantiqueira – 5º dia de operação
Localização: Mantiqueira, Região Sul de Minas - Monumento Natural Estadual da Serra da Moeda – 3º dia de operação
Localização: Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte - Parque Estadual de Paracatu – 3º dia de operação
Localização: Paracatu, Região Noroeste de Minas
Qualidade do ar
Segundo dados da empresa suíça IQAir – companhia que reúne informações de satélite e sensores colaborativos dos aparelhos vendidos pela própria empresa para mensurar a qualidade de ar -, a poluição causada pelas queimadas no estado mineiro fez com que a qualidade do ar em Belo Horizonte chegasse nesta segunda-feira a 87 US AQI, em um nível moderado de poluição.
O Índice de Qualidade do Ar dos Estados Unidos, criado pela Agência de Proteção Ambiental (EPA), é usado como referência para reportar diariamente a qualidade do ar em outros países. Nesse nível registrado em Belo Horizonte, a qualidade do ar é considerada aceitável. No entanto, pode haver um risco para algumas pessoas, particularmente aquelas que são excepcionalmente sensíveis à poluição do ar.
Atualmente, a concentração partículas de poeira e poluição no ar Belo Horizonte é 5,7 vezes o valor de referência de qualidade do ar estipulado Organização Mundial da Saúde (OMS)
Para terça-feira (17), a previsão da companhia é que a capital mineira atinga 117 AQI US, algo considerado insalubre para grupos sensíveis.
[Com informações de Itatiaia]
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