DECEMBER 9, 2022


Mortes violentas intencionais sobem em Minas, enquanto média brasileira registra queda

O índice vai na contramão da tendência observada no país, que registrou queda de 3,4% no período

Foto: Pixabay

Minas Gerais registrou aumento de mortes violentas em 2023, quando comparado a 2022. Segundo o 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (18 de julho), houve alta de 3,7% em um ano. O índice vai na contramão da tendência observada no país, que registrou queda de 3,4% no período.

Ao todo, 3.044 pessoas foram vítimas de mortes violentas intencionais no ano passado em Minas. O número é maior do que o registrado em 2022, quando 2.936 perderam a vida pela modalidade criminosa.

Os dados fazem parte da 18ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O chamado índice de mortes violentas intencionais (MVI) inclui as vítimas de homicídio doloso, entre elas as vítimas de feminicídios; vítimas de latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte; de lesão corporal seguida de morte; e, mortes decorrentes de intervenções policiais.

Aumento de facções 

Conforme análise do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a atual forma de enfrentamento ao crime no país pode estar diretamente ligada ao número de mortes violentas. Isso porque, segundo o levantamento, o domínio do crime organizado também cria entraves para o policiamento ostensivo e combate ao crime em locais onde as facções atuam.

“A atual forma de enfrentamento acaba por gerar mais mortes, sobretudo de negros, jovens e por armas de fogo, enquanto o crime organizado tem comprometido várias esferas da vida pública e da economia formal não atingidos pela ação de policiamento ostensivo e de operações especiais. No foco político excessivo do policiamento ostensivo, o crime vai ocupando espaços cada vez maiores na política, na economia e no controle da vida de milhões de brasileiros e brasileiras”, pontua.

A solução para o problema, segundo a pesquisa, está justamente na “repressão eficaz das facções e milícias”. Para isso, é necessário o aumento da capacidade de investigação criminal por parte das polícias judiciárias (polícias civis e Federal) e de combate à lavagem de dinheiro como estratégias de redução da impunidade e da corrupção.

 

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