A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nessa semana uma nova indicação de tratamento oncológico para pacientes com câncer de bexiga já avançado ou metastático (espalhado pelo corpo), não tratado anteriormente.
Um estudo clínico da empresa farmacêutica estadunidense MSD mostrou que a imunoterapia (pembrolizumabe) aliada a um anticorpo droga conjugada (enfortumabe vedotina) reduziu o risco de progressão da doença ou morte em 55% e o risco de morte em 53% em comparação com a quimioterapia.
Segundo o estudo, a sobrevida mediana foi aproximadamente duas vezes maior no grupo de pacientes que receberam o tratamento de P+EV (pembrolizumabe em combinação com enfortumabe vedotina) do que naqueles que receberam quimioterapia.
A farmacêutica se apoia nos resultados para sugerir o uso de P+EV como um possível novo padrão de cuidado.
O Inca (Instituto Nacional de Câncer) estima que mais de 11 mil novos casos de câncer de bexiga sejam diagnosticados por ano de 2023 a 2025, sendo os homens os mais impactados pela doença (7.870 novos casos/ano em homens; 3.500 novos casos/ano em mulheres).
A imunoterapia é um tratamento usado contra o câncer que potencializa as defesas do organismo. A estratégia treina o sistema imunológico para reconhecer e combater células cancerígenas e é considerada um avanço importante na medicina oncológica, apesar de não chegar ao SUS (Sistema Único de Saúde).
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