Crimes contra o patrimônio, os furtos, roubos e extorsões – sejam os tentados ou consumados – são mais recorrentes em algumas das maiores cidades de Minas. Belo Horizonte, Juiz de Fora (Zona da Mata), Uberlândia (Triângulo) e Contagem (Região Metropolitana) lideram o ranking.
O levantamento é da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). O perfil econômico e a densidade populacional dos municípios ajudam a explicar o cenário.
Quem já foi vítima de bandidos nunca esquece o drama vivido, como conta a diarista Maria de Carvalho, de 45 anos. Moradora de Santa Luzia, na Grande BH, ela foi assaltada num ponto de ônibus na região Norte da capital, após um dia de trabalho.
Sentada aguardando um coletivo, ela foi abordada por um homem – que disse estar armado – e teve que entregar o celular. “Ele nem pediu a bolsa, só o celular. Fiquei em pânico e até hoje morro de medo de ser roubada novamente”, conta a mulher. Maria não prestou queixa, o que é considerado um erro pelas autoridades.
Ações para combate aos crimes
Conforme a Sejusp, as cidades citadas receberam ações específicas da Integração da Gestão em Segurança Pública (IGesp), que em 2023 direcionou esforços aos municípios com maiores índices de crimes.
As cidades receberam análises técnicas, que sugeriam ações específicas para melhorar a segurança. O primeiro ciclo de trabalho foi encerrado em fevereiro deste ano.
Em Belo Horizonte, cidade com o maior número absoluto de ocorrências, a redução foi pequena, de apenas 1,3%, passando de 34.882 casos para 34.347, entre 2022 e 2023.
Uberlândia apresentou diminuição de 2,2%, de 6.610 para 6.462 ocorrências. Em Contagem a redução foi de 6,8%, de 5.536 para 5.160 casos.
Já Juiz de Fora registrou queda mais acentuada, de 21,8%, diminuindo de 3.644 para 2.844 ocorrências.
No Estado houve uma diminuição geral de 5,5% nos crimes contra o patrimônio, caindo de 117.706 para 111.234 ocorrências.
Segundo a Sejusp, o trabalho será expandido para outras cidades. “A expectativa é que mais municípios se beneficiem dessa abordagem colaborativa, fortaleçam a segurança em nível regional e promovam uma cultura de prevenção e resposta eficaz contra o crime”, informou o Estado.
* Com informações da Agência Minas
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