A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou a prisão de um indivíduo de 25 anos na última terça-feira (16 de janeiro) em Montes Claros, no Norte do estado, sob acusações de estupro de vulnerável. O caso foi divulgado nesta quinta-feira (18 de janeiro) pela corporação.

As investigações tiveram início após a irmã da vítima, de 23 anos, procurar a Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher (Deam) e relatar que a irmã, uma adolescente de 13 anos, estaria vivendo com um homem de 25 anos há oito meses. A denunciante alegou que o suspeito estaria cometendo agressões físicas e sexuais contra a adolescente. O Código Penal estabelece qualquer ato libidinoso contra menores de 14 anos como estupro de vulnerável.

Em resposta à denúncia, a equipe da Deam se dirigiu ao endereço fornecido, encontrando a vítima com lesões corporais. A adolescente confirmou aos policiais que mantinha um relacionamento com o suspeito. Posteriormente, ela foi encaminhada para atendimento hospitalar e submetida a exames que confirmaram a violência física e sexual.

A prisão do suspeito foi realizada pela delegada Monique Morais Bicalho no endereço mencionado. Após uma tentativa de fuga malsucedida, o homem foi detido em flagrante e admitiu conviver com a vítima e manter relações sexuais cotidianas com ela.

O suspeito entregou o celular aos policiais e consentiu com o acesso ao conteúdo do aparelho. A análise revelou a presença de mídias com pornografia infantil, gravadas com a participação da vítima, o que pode caracterizar o crime de exploração sexual.

Histórico

Conforme a delegada, a adolescente já era conhecida pelos vizinhos como “esposa” do suspeito e teria enfrentado um aborto há dois meses. O caso está sob investigação pela polícia, e o suspeito, detido em flagrante, teve sua prisão convertida para preventiva.

Segundo apurações, a vítima enfrentava negligência desde os 4 anos, período em que foi vítima de abuso sexual por parte de um tio. A delegada ressaltou que a adolescente está em uma situação de vulnerabilidade emocional, carência afetiva e falta de apoio familiar.

A mãe da vítima, de 32 anos, também será alvo de investigação por abandono de incapaz, uma vez que tinha conhecimento dos abusos e não tomou medidas para proteger a filha. As investigações prosseguem para esclarecer todos os crimes envolvendo a menor como vítima.