Um policial militar de São Paulo, de 29 anos, foi indiciado por homicídio contra um jovem, de 21, dentro de uma boate na cidade de Montes Claros, região Norte de Minas. O crime aconteceu em 16 de dezembro do ano passado. O suspeito se apresentou à polícia instantes após o crime e está preso. Os detalhes das investigações foram divulgados nessa quarta-feira (3 de janeiro).
De acordo com a Polícia Civil de Minas (PCMG), o crime aconteceu após uma discussão que começou por conta da blusa da namorada do agente. Conforme as investigações, o suspeito, que estava acompanhado da namorada, entrou no estabelecimento portando uma arma de fogo e se identificou como policial militar do estado de São Paulo.
No local, ele teria consumido variados tipos de bebidas alcoólicas, sendo que, por volta das 4 horas, o casal resolveu ir embora. A mulher sentiu falta de uma blusa, e o suspeito retornou para buscar a peça.
Dentro do estabelecimento, o homem encontrou duas jovens e as questionou sobre a propriedade da blusa que estava com um delas. Diante da resposta de que pertencia a uma das moças, o suspeito sacou a arma de fogo e a ameaçou. Ao ver a amiga sendo intimidada, a outra jovem interveio na cena e foi agredida com uma coronhada no rosto.
Ao perceber a agressão, o namorado dela indagou o suspeito, ao que foi respondido também com coronhadas. O rapaz tentou se esquivar das agressões, deixando o local, mas foi seguido pelo suspeito.
Na tentativa de cessar a agressão contra o amigo, o jovem de 21 anos seguiu atrás do agente, dando-lhe um empurrão, não suficiente para contê-lo. A vítima, então, desferiu um soco no homem, que respondeu com um disparo de arma de fogo contra o jovem. A vítima morreu no local do crime.
Prisão
Após o crime, o suspeito deixou o local e se apresentou na Delegacia de Plantão, entregando a arma de fogo usada no crime, bem como sua identidade funcional. A prisão em flagrante foi ratificada, e o investigado permanece detido no sistema prisional, à disposição do Poder Judiciário.
O delegado Cezar Salgueiro, que conduziu a investigação, concluiu o inquérito com indiciamento do investigado pelo cometimento do crime de homicídio qualificado por motivo fútil. O suspeito deve responder, ainda, pelos crimes de ameaça e lesão corporal contra as outras vítimas.
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