Não é de hoje que as telonas são invadidas pela música ou por seus artistas. Inúmeras vezes vemos filmes que se tornam sucesso de bilheteria por causa de uma trilha sonora bem produzida. Aliás, convenhamos uma boa trilha sonora dentro de um filme é essencial.

Mas o debate que vou levantar aqui é sobre o último “hit” nos cinemas mundiais. Alguns filmes estão mostrando uma espécie de copilado dos bastidores e de trechos de turnês de artistas pelo mundo, como é o caso da cantora Taylor Swift com o seu filme “Taylor Swift The Eras Tour Concert”. Com cara de material de divulgação para seus shows ao redor do mundo “o filme” da cantora foi um sucesso aqui no Brasil e se tornou um viral na internet com os vídeos de pessoas dançando suas músicas dentro das sessões. Óbvio que essa produção gerou uma expectativa para a turne da artista no país. Seguindo a mesma linha, outra mega star, a cantora Beyoncê também vai lançar seu “filme”: Renaissance – A Filme by Beyoncê também nos mesmos moldes mostrando a turnê da cantora.

A minha opinião sobre esse tipo de produção audiovisual (Não considero como filme) é que ela é adversa à proposta do cinema. A telona nos proporciona vivenciar histórias com narrativas e roteiros por meio de sua película. Como disse no início, com trilhas sonoras que nos fazem realizar uma imersão dentro das duas horas de exibição. A gente é quase “abduzido” para o enredo, os efeitos, as tomadas ou o todo do que é exibido nos alienando da realidade neste espaço de tempo.

Espero francamente que esse novo formato surgido com produções de cantores sejam apenas um “hit” e não viralizem ou virem febre. Que sejam nada mais nada menos que meras divulgações de shows destes artistas que não agregam em nada aos cinemas do mundo.

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