Minas Gerais terá durante os próximos dias a terceira onda de calor em 2023, um fenômeno inédito, conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A temperatura deverá subir em todas as regiões do estado, ultrapassando a marca dos 40°C entre essa quinta-feira (9) e a próxima quarta-feira (15). A expectativa é de que no fim de semana, as regiões Norte, Noroeste e do Triângulo Mineiro tenham calor de 42°C.
“A diferença deste ano para os outros é que agora vamos para a terceira onda de calor, quando o habitual é ter apenas uma”, explica a meteorologista Anete Fernandes, do Inmet. De acordo com a especialista, o fenômeno pode durar até seis dias, porém não deverá superar as temperaturas registradas na segunda onda de calor, que ocorreu no final do mês de setembro. “Os termômetros devem chegar, no máximo, aos 42°C. O que é inferior a última onda, quando tivemos, por exemplo, a cidade de São Romão, com 43,5°C”, justifica.
A primeira onda de calor em Minas Gerais em 2023 ocorreu entre os dias 23 e 26 de agosto. Na ocasião, a temperatura média ficou na casa dos 38°C. O fenômeno se repetiu em setembro, entre os dias 23 e 28, quando os termômetros se mantiveram em torno dos 40°C. “É um fenômeno muito comum no fim da primavera ou começo do verão. O que chama a atenção neste ano é o fato dessa reincidência, com temperaturas dessa grandeza”, explica a meteorologista.
Conforme o Instituto de Nacional de Meteorologia (Inmet), a onda de calor ocorre quando há a elevação da temperatura, por pelo menos três dias seguidos, em 5°C acima da média habitual registrada em determinada região. Segundo a meteorologista Anete Ferreria, o fenômeno é acompanhado pelas equipes do instituto e, por isso, será preciso reavaliar as condições climáticas na próxima semana, a fim de verificar se onda de calor prevista para esse mês poderá se estender por mais dias.
“Temos uma aproximação de uma frente fria, com possibilidade de chuva, o que pode interromper esse fenômeno. Porém, precisamos reavaliar como essa frente fria vai se manifestar em Minas”, conclui.
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