DECEMBER 9, 2022

Brasil aplicou 29 milhões de doses bivalentes contra Covid-19; vacina é considerada segura para gestantes e bebês

Foram avaliadas as vacinas de plataforma de vírus inativado, que é o caso da CoronaVac, e de mRNA, como a da Pfizer.

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Foto: Divulgação

Em todo o país, mais de 29 milhões de doses da vacina bivalente contra covid-19 foram aplicadas. Apesar do número expressivo, a cobertura vacinal do imunizante é de apenas 16,34% da população brasileira. Já as vacinas monovalentes tiveram mais de 517 milhões de doses aplicadas no país.

Levando em conta a vacinação com as doses bivalentes, São Paulo é o estado que mais imunizou sua população, com 22% de cobertura vacinal, seguido pelo Distrito Federal, com 21,59% e Piauí, com 19,97%. Entre os estados que menos vacinaram estão Roraima (6,73%), Mato Grosso (7,13%) e Rondônia (7,53%).

Já entre as cidades, Severiano Melo, no Rio Grande do Norte, tem a maior cobertura vacinal, com 83,92% da população imunizada com a dose bivalente, seguida por Bom Sucesso (67,98%), na Paraíba e Carnaubeira da Penha (62,77%), em Pernambuco. Segundo os dados do vacinômetro do Ministério da Saúde, quatro cidades não vacinaram nem 1% da sua população, são elas: São Félix do Xingu, no Pará; Bocaina do Sul e Modelo, em Santa Catarina; e Candelária, no Rio Grande do Sul.

Vacina segura para gestantes e bebês

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) realizaram um estudo para avaliar a segurança das vacinas contra Covid-19 durante a gravidez, observando se a imunização poderia estar associada a problemas no nascimento do bebê e na mortalidade neonatal. O trabalho demonstrou que a vacinação contra a Covid-19 é segura em todos os trimestres da gravidez, independente do tipo de vacina —  e não aumenta o risco de resultados adversos no nascimento, como a morte . O estudo foi realizado por pesquisadores da Fiocruz Bahia, com base de dados e coautoria da Prefeitura do Rio de Janeiro.

Foram avaliadas as vacinas de plataforma de vírus inativado, que é o caso da CoronaVac, e de mRNA, como a da Pfizer. Os resultados do estudo foram publicados no Internacional Journal of Epidemiologyda Universidade de Oxford, do Reino Unido, no início de setembro. O infectologista Julival Ribeiro ressalta o quanto essas reafirmações científicas acerca da vacina são essenciais. “É muito importante esse estudo realizado pela Fiocruz em relação às vacinas que são tomadas em qualquer trimestre durante a gravidez, que não põe em risco nem a gestante nem para o futuro bebê que vai nascer. Portanto, vem corroborar estudos que já foram publicados na literatura, mostrando essa segurança, quer para a gestante, quer para o bebê”, explicou.

A analista  de marketing Bianca Muniz, de 27 anos, tomou a vacina contra a Covid-19 enquanto estava grávida. Ela ganhou bebê no último dia 19 de setembro, e conta que foi orientada pelo médico que a acompanhava no pré-natal a se imunizar.

“Eu tomei a vacina contra o Covid-19, gestante. Eu fiz meu pré-natal no SUS e, na época, o meu médico me orientou a tomar. E aí eu tomei tudo pelo SUS, na mesma hora que ele falou. Ele me explicou a importância e eu não sou o tipo de pessoa que questiona muito as coisas que são artigos científicos, que são para o nosso bem, para o bem do bebê”, ressaltou.

O estudo avaliou mais de 17 mil bebês nascidos vivos únicos, concebidos entre 15 de maio e 23 de outubro de 2021. Nas análises, não foi encontrado aumento significativo de bebês com nascimento prematuro, com baixo peso ou pequeno para a idade gestacional, com Apgar abaixo de 5 (escolar de avaliação clínica rápida de recém-nascidos) ou de morte neonatal.

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