Manter o conforto térmico dentro de casa tem sido um desafio com as altas temperaturas registradas em pleno inverno. São Paulo teve o dia mais quente do ano neste domingo (17/09), com 33,9ºC, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Não há ventilador que dê conta do recado e poucos possuem ar condicionado e disposição para arcar com o aumento no consumo de energia elétrica.
Mas algumas medidas simples podem ajudar a refrescar o ambiente. “Não há nada como sentar em um sofá com tecido gostoso, colocar os pés em um chão fresquinho e sentir um ar fresco”, diz a arquiteta Isabella Nalon. Abaixo, algumas dicas de como ter momentos como esse.
Circulação do ar
Deixar as janelas e portas abertas permite que o vento circule pela casa, criando uma corrente de ar e refrescando os ambientes. Se a casa fica fechada durante o dia, ao chegar do trabalho, a dica é abrir todas as janelas, cortinas e portas e deixar o ventilador girando, para facilitar a troca do ar quente dos ambientes pelo ar fresco exterior.
Caso seja possível, vale deixar as janelas abertas também na madrugada para manter o frescor.
Quanto aos insetos que costumam se aproveitar de passagens abertas, a instalação de telas mosquiteiras ainda é a opção mais eficaz.
Cortinas
Janela aberta nem sempre significa cortina aberta. Nos horários mais quentes, fechar cortinas e persianas evita a incidência direta dos raios solares, melhorando o conforto térmico e retardando o desbotamento de tecidos.
Nos cômodos que recebem a luz do sol à tarde, é interessante considerar ainda a instalação de películas para vidros residenciais, que reduzem o calor no ambiente. Já para as varandas de apartamento, Nalon recomenda a instalação de telas solares.
Umidade do ar
Umedecer o ar nos dias mais quentes e secos é importante para melhorar o conforto e também por questões de saúde, já que a baixa umidade favorece o surgimento de doenças do sistema respiratório, como rinite alérgica e sinusite.
Podem ser usadas fontes com água corrente, vasilhas com água fresca e toalhas de banho úmidas espalhadas pela casa. Outras opções são colocar um lençol molhado na janela e posicionar uma garrafa de água gelada em frente ao ventilador.
Plantas
Cultivar plantas dentro de casa é outra alternativa. Além de alguma sombra, elas retêm umidade, tornando os ambientes mais agradáveis. “Ter mais plantas é fundamental. Quanto mais plantas, maior o frescor”, afirma Nalon, ressaltando a importância de escolher as espécies e aprender como cuidar corretamente de cada vaso.
Entre as plantas que podem ser mantidas dentro de casa ou recebendo o sol da manhã estão samambaia, peixinho, columeia, xanadu, amaranta e filodendro.
Iluminação
Dê preferência às lâmpadas de LED. Além de mais econômicas, elas não transferem calor para o ambiente. Outra dica da arquiteta é valorizar a iluminação indireta.
Escolha dos tecidos
Tapetes muito fofos, cobertores, bichos de pelúcia e mantas de sofá ajudam a reter o calor. O mesmo vale para almofadas com capa de veludo ou camurça.
Invista em tecidos leves nos lençóis e em composições mistas para tapetes e cortinas. “Os mais agradáveis são os tecidos naturais, mas eles queimam fácil com a luz solar, então sugiro os mistos porque são mais resistentes”, explica Nalon. Tapetes de sisal com algodão ou de fio de PET são algumas das opções.
Limpeza
Se a casa está limpa e arrumada, parece mais arejada. Além disso, passar pano nos móveis e no chão ajuda a umidificar o ar e reduz a poeira, fator de reações alérgicas.
Algumas essências usadas na limpeza e na aromatização de ambientes também provocam uma sensação de frescor. Opte por aquelas mais cítricas, como laranja e limão, e deixe as mais amadeiradas para os dias frios.
Telhado e ar condicionado
Há outras medidas que podem ser adotadas no momento da construção ou durante reformas. Uma delas é instalar uma manta térmica entre as telhas e a estrutura do telhado. “A manta traz conforto térmico tanto nos dias quentes quanto nos frios”, afirma a arquiteta.
Nalon também recomenda contratar ajuda técnica para a instalação do ar condicionado para evitar erros no cálculo da capacidade do equipamento e no posicionamento da condensadora, que demanda ventilação natural.
(Stefhanie Piovezan/Folhapress)
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