DECEMBER 9, 2022

Rios, riachos e córregos concentram metade das mortes por afogamentos em Minas

Ao todo, até agosto deste ano, 196 pessoas morreram afogadas no Estado.

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Foto: Bombeiros/Divulgação

Metade das mortes por afogamento em Minas ocorre em rios, riachos ou córregos. A força das correntezas ajuda a explicar a concentração das tragédias nesses cursos d’água. No entanto, atitudes imprudentes, como nadar em locais desconhecidos e consumir bebida alcoólica antes da diversão, potencializam os riscos. O alerta aos banhistas de que todo cuidado é pouco é reforçado pelos Bombeiros principalmente a partir de hoje, com a chegada do feriado prolongado.

Ao todo, até agosto deste ano, 196 pessoas morreram afogadas no Estado. O número é maior se comparado ao mesmo período de 2022, que teve 176 ocorrências. Além dos rios – onde 100 vidas foram perdidas –, a lista elaborada pela corporação mostra os chamados em lagoas e represas (81), piscinas (4) e outros locais não identificados (2).

“Se considerarmos só as ocorrências em ambientes naturais, como rios, cachoeiras e represas, chega a 90% a concentração. Isso ocorre porque são locais não controlados, com situações surpresas. Às vezes uma pedra solta pode contribuir para o afogamento”, acrescenta o tenente Elton Assumpção, da assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros.

O oficial destaca que o documento elaborado pelos militares também traça o perfil das vítimas. Majoritariamente são homens, de 35 a 64 anos. “Os adultos, muitas vezes, acreditam que pela experiência de vida têm um conhecimento maior. No entanto, muitas vezes essa percepção não condiz com a realidade. A condição física já não é mais a mesma. Assim, acabam se arriscando mais”.

Tenente Elton Assumpção alerta para imprudências que podem ser fatais. O principal exemplo é o abuso de bebida. “Assim como álcool e direção não combinam, álcool e água também não. Se a pessoa bebeu, ela perde a capacidade de equilíbrio, é muito arriscado”.

O bombeiro ainda faz questão de destacar o cuidado redobrado com as crianças. Os pais devem sempre manter uma distância máxima de um braço e nunca confiar 100% nas boias. “Elas podem esvaziar em uma velocidade que não se percebe. Assim, em questão de segundos, a criança pode engolir água e se afogar”.

Outras dicas simples, muitas vezes negligenciadas, que podem evitar tragédias são sempre nadar em locais conhecidos e quando for a primeira vez, descobrir as características do local, como profundidade e força da correnteza; não entrar na água após refeições pesadas; não saltar de locais elevados nem mergulhar de cabeça; evitar brincadeiras de mau-gosto, como “caldos”; não se afastar da margem; se começar a chover e relampejar, sair da água.

Em caso de afogamento, acione imediatamente o Corpo de Bombeiros Militar (193)

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