DECEMBER 9, 2022


Chefe de grupo que falsifica diplomas de Medicina, foragida do RJ, é presa em MG

Mulher, de 42 anos, apresentou CNH Digital de outra pessoa para tentar enganar os policiais da PRF na BR-251.

chefe-diploma-medicina-quadrilha-jpeg

Foto: PRF / Divulgação

A suposta chefe de uma quadrilha especializada na falsificação de diplomas de medicina foi presa em flagrante durante fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-251, altura do km 514, em Montes Claros, no Norte de Minas, nesse domingo (27).

De acordo com a PRF, a mulher estava em um carro Jeep Compass, com placas de Montes Claros, quando foi parada pela fiscalização. Ela apresentou uma CNH Digital de outra pessoa, tentando enganar os policiais, mas foi desmentida pela diferença do seu rosto com relação a foto do documento.

Após a fraude ser descoberta, com a identidade real da mulher, a equipe da PRF pôde confirmar que a suspeita possuía mandado de prisão em aberto emitido pela  5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro (RJ) por ser considerada chefe de quadrilha que fornecia diplomas de medicina falsos.

A mulher foi encaminhada à Delegacia da PF em Montes Claros (MG) e deve responder por falsa identidade e pela participação na quadrilha.

O esquema 

Polícia Federal revelou que falsos médicos pagavam até R$ 400 mil por diplomas de faculdades de medicina. Pelo menos 65 registros foram obtidos junto ao Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) com documentos falsos.

Esquema criminoso falsificava os documentos e vendia para falsos médicos. O delegado da Polícia Federal Francisco Guarani explicou ao Fantástico que “a investigação conseguiu apontar que de fato existia uma estrutura empresarial nessa venda de diplomas falsos e históricos escolares falsos.”

A quadrilha usava papel de qualidade e conseguia reproduzir o logotipo de universidades brasileiras. A maioria dos registros fraudados era da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Em nota, a universidade informou que “todos os documentos recebidos pelo Cremerj não foram emitidos ou assinados pela universidade e são ilegítimos”, revelou a reportagem.

A investigação mostrou que, com documentos falsos em mãos, os suspeitos se passavam por estudantes formados e conseguiam empregos, principalmente em prefeituras. Os criminosos também criaram um e-mail falso para enviar o diploma fraudulento quando os conselhos regionais de medicina solicitavam a documentação.

Compartilhe:

Notícias Relacionadas

Coluna de Thedomiro Paulino Montes Claros

Theodomiro Paulino