DECEMBER 9, 2022

Febre maculosa: quais os sintomas? Como é feito o tratamento? Como evitar a doença?

Como não existe vacina, a orientação é adotar medidas de prevenção e de controle do parasita.

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Foto: Reprodução SES-MG

Transmitida pela picada do carrapato-estrela, a febre maculosa já matou seis pessoas somente neste ano em Minas. Embora ocorra com mais frequência nos períodos de seca – especialmente entre abril e outubro -, a doença oferece riscos durante todo o ano. Como não existe vacina, a orientação é adotar medidas de prevenção e de controle do parasita. Veja como evitar a doença, quais os principais sintomas e o tratamento.

Sintomas
Segundo Mariana Gontijo, coordenadora de Zoonoses e Vigilância de Fatores de Risco Biológicos da Secretaria de Estado de Saúde (SES), são vários os sintomas. Os principais são febre, dor de cabeça intensa, náuseas e vômitos, diarreia e dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés, gangrena nos dedos e orelhas, além de paralisia dos membros que se inicia nas pernas podendo chegar até os pulmões, causando parada respiratória.

Com a evolução da doença é comum também o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas que podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.

Riscos e tratamento
A febre maculosa é causada por bactérias do gênero Rickettsia. No ciclo de transmissão, o carrapato se contamina ao sugar o sangue de animais infectados, como as capivaras. No homem, o período de incubação (intervalo entre o primeiro contato com o carrapato contaminado até o início dos sintomas), em geral, é de aproximadamente dois a 14 dias. Se não tratada, a doença pode evoluir rapidamente para o óbito.

Os pacientes recebem antibióticos. O tratamento deve ser iniciado de forma precoce, nas fases iniciais da doença, como forma de evitar óbitos e complicações.

Prevenção

A principal forma de prevenção da febre maculosa é evitar o contato com o carrapato. Veja orientações, sobretudo em caso de frequência em campos e pastos onde há animais silvestres, como pacas e capivaras, ou de manejo de gado, cavalos, cabras ou mesmo de cães e gatos infestados pelo parasita transmissor:

Uso de repelentes à base da substância Icaridina, que são eficazes na prevenção de picadas por carrapatos;

Uso de roupas de cor clara, vestimentas longas e calçados fechados (preferencialmente com meias brancas e de cano longo);

Uso de equipamentos de proteção individual nas atividades ocupacionais (capina e limpeza de pastos);

Evitar se sentar e deitar em gramados em atividades de lazer como caminhadas, piqueniques, pescarias etc;

Examinar o corpo periodicamente, tendo em vista que quanto mais rápido o carrapato for retirado do corpo, menor a chance de infecção;

Se verificados carrapatos no corpo, retirá-los com leves torções e com o auxílio de pinça, evitando o contato com unhas e o esmagamento do animal;

Utilização periódica de carrapaticidas em cães, cavalos e bois, conforme recomendações de profissional médico veterinário;

Limpeza e capina periódica de áreas de vegetação passíveis de cuidados.

Onde os casos são mais comuns?
Os casos de febre maculosa são registrados em todo o Estado, porém costumam ser mais comuns nas regiões Centro, Vale do Aço, Leste e Leste do Sul. Todo caso suspeito requer notificação à autoridade de Saúde e investigação epidemiológica, por se tratar de doença grave.

Segundo a SES, ações constantes e rotineiras de monitoramento e vigilância de casos são mantidas em Minas. “As ações têm por objetivo prevenir e diminuir a mortalidade. A população, quando atenta às principais características e sintomas, tem condições de iniciar o tratamento de forma precoce, evitando óbitos e complicações causadas pela doença”, reforça Mariana.

*Com informações da Agência Minas

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