DECEMBER 9, 2022


Mulher é presa em Bocaiuva suspeita de comercializar conteúdo pornográfico infantil, incluindo vídeos com a filha de 1 ano

Após receber atendimento médico no Hospital Doutor Gil Alves, em Bocaiuva, a criança foi direcionada a um abrigo municipal pelo Conselho Tutelar

Foto: Divulgação

Foto: Reprodução/PMMGFoto: Reprodução/PMMG

Uma mulher de 25 anos foi presa, acusada de armazenar e vender conteúdo pornográfico envolvendo crianças pela internet. Segundo informações das autoridades policiais, suspeita-se que uma das vítimas seja a própria filha da acusada, com apenas um ano de idade.

O desdobramento dessa perturbadora investigação teve início no município de Bocaiuva, localizado na região Norte de Minas Gerais. A ação da polícia foi deflagrada depois de um alerta emitido pelo Conselho Tutelar, que foi acionado pelo Ministério Público após receber informações preocupantes.

O Conselheiro Fabrício Damas dos Anjos, em entrevista à Inter TV, revelou que as diligências foram impulsionadas por uma denúncia oficial do Ministério Público, que solicitou a verificação da situação da criança.

“O Conselho Tutelar recebeu essa denúncia através da promotoria de Justiça da nossa comarca solicitando a verificação da situação da criança, se ela residia no endereço informado, visto que já havia procedimento instaurado na cidade de Janaúba, onde essa genitora morou com a criança. Posteriormente, ela evadiu da cidade e passou a morar em Nova Serrana e depois veio a residir aqui em Bocaiuva, porque o genitor da criança é daqui. Seguindo as orientações do Ministério Público, verificamos que a criança residia naquele endereço e pelo teor da matéria já era cabível seguirmos os protocolos de atendimento e pedimos apoio da polícia”, explicou o Conselheiro.

Seguindo as orientações do Ministério Público, as autoridades do Conselho Tutelar confirmaram que a criança vivia no endereço indicado, desencadeando assim uma série de protocolos de atendimento, com o apoio essencial da Polícia Militar.

Segundo informações contidas no Boletim de Ocorrência registrado pela Polícia Militar, ao chegarem à residência da mulher, esta alegou que uma pessoa desconhecida, que já estava envolvida na venda ilegal de vídeos, a abordou por meio das redes sociais no mês de maio. Sob persuasão dessa pessoa, a mulher admitiu ter passado a comercializar o material ilícito, recebendo pagamentos de R$ 20 por meio de transferências via PIX.

“Ela relata que recebia vídeos pornográficos de crianças desconhecidas pela internet e comercializava pelas redes sociais, mas também afirma que fazia vídeos da própria filha nua e vendia”, explicou o Cabo Jhonatas Alves Silva, em entrevista ao G1.

A situação alcançou níveis insuportáveis quando, durante o registro da ocorrência, a suspeita exibiu aos policiais os conteúdos que mantinha armazenados em seu celular. As imagens revelaram cenas horrendas de abuso infantil, incluindo a presença da filha da mulher, nua e deitada em uma cama.

Após a detenção, a mulher foi conduzida à delegacia da Polícia Civil, onde sua prisão foi ratificada devido ao armazenamento de conteúdo pornográfico envolvendo crianças. O marido da acusada, de 28 anos, também foi levado sob custódia, porém, após interrogatório, foi liberado por falta de evidências que o ligassem ao crime.

Após receber atendimento médico no Hospital Doutor Gil Alves, em Bocaiuva, a menina foi direcionada a um abrigo municipal pelo Conselho Tutelar.

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