A Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros – (SRS) realiza nesta terça e quarta-feira, 25 e 26, o 3º ciclo da terceira onda de implantação do Projeto Saúde em Rede, envolvendo municípios que integram as microrregiões de saúde de Montes Claros e Francisco Sá. Nos dias 27 e 28 as oficinas prosseguem, em Janaúba, contemplando municípios das microrregiões de Janaúba/Monte Azul. Nesta nova etapa o enfoque dos debates está concentrado nas características da relação entre os serviços de atenção primária e especializada na assistência às gestantes e recém-nascidos.
Neste 3º ciclo, os trabalhos que estão sendo realizados no auditório do Consórcio Intermunicipal Multifinálitário da Área Mineira da Sudene – (Cimams), em Montes Claros, estão sendo conduzidos pelas referências técnicas de atenção à saúde da SRS, Renata Fiúza e Juliane Damasceno, pela analista do nível central da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais – (SES-MG), Ana Luíza Pauferro, com o apoio de referências técnicas do Conselho de Secretarias de Saúde de Minas Gerais – (Cosems).
As discussões sobre a integração dos serviços de atenção primária e especializada em saúde foram iniciadas em junho, durante a realização do segundo ciclo do Projeto Saúde em Rede. Posteriormente, em encontros realizados nos municípios, os profissionais tutores do Projeto abordaram, de forma específica, os temas com profissionais que atuam nos serviços de atenção primária e especializada em seus respectivos territórios.
Já neste 3º ciclo do Saúde em Rede a proposta é que os tutores compartilhem os produtos originados nas discussões municipais e construam, coletivamente, consensos e estratégias para o fortalecimento do trabalho integrado nas microrregiões.
Na abertura da nova etapa de oficinas do Projeto Saúde em Rede a analista da SES-MG, Ana Luiza Pauferro destacou que “as funções desempenhadas pelos serviços de atenção primária são de fundamental importância tanto no acolhimento dos usuários do Sistema Único de Saúde – (SUS) como no encaminhamento para os serviços de atenção especializada e, posteriormente o acompanhamento das condições de saúde. Para isso, o fortalecimento e a expansão dos serviços de atenção especializada constitui iniciativa fundamental para o atendimento das demandas da população dentro das microrregiões”.
Nesse contexto, completou Renata Fiúza, referência técnica da SRS de Montes Claros, “a integração de ações e troca de conhecimentos e informações entre os enfermeiros e médicos dos serviços de atenção primária e especializada é de extrema importância para que as soluções dos problemas de saúde da população aconteçam de forma efetiva. Para isso, os profissionais da atenção primária, que atuam em serviços que são a porta de entrada da população no SUS, precisam conhecer a estratificação de risco para que o encaminhamento para atendimentos nas unidades de atenção especializada aconteça de forma assertiva e no momento oportuno”.
Diferente dos serviços de atenção primária, o território de abrangência da atenção especializada ultrapassa as fronteiras municipais, fazendo com que a unidade seja referência para a prestação de serviços em uma escala regional. Isso não significa que a atenção especializada esteja afastada da realidade da população para quem oferta suas ações, pois o serviço especializado deve constituir vínculo com as equipes de atenção primária dos municípios de sua região de abrangência, de modo que possa integrar melhor uma rede regionalizada de atenção à saúde.
REDES DE ATENÇÃO
O Projeto Saúde em Rede foi iniciado em 2019, no Vale do Jequitinhonha, e tem o objetivo de formar tutores que estão atuando junto com os municípios na estruturação das redes de atenção à saúde, visando transformar o atual modelo hierárquico que tem os hospitais como centros dos atendimentos, para dar lugar à gestão integrativa da saúde. Nesse novo modelo, os serviços de atenção primária dos municípios passarão a ser os ordenadores dos cuidados em saúde, com atuação conjunta com as unidades de atenção especializada.
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