DECEMBER 9, 2022


Sindicato convoca paralisação na educação estadual de Minas Gerais por aumento de salário

Ação visa pressionar o Governo Romeu Zema a aprovar um aumento de 12,84% no piso salarial da área, retroativo a 1º de janeiro de 2023

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Foto: Reprodução/InternetFoto: Reprodução/Internet

Por reivindicação de um reajuste salarial, a educação do Estado de Minas Gerais convocou uma paralisação que ocorrerá nos dias 5 e 6 de julho. A medida foi tomada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) com o intuito de pressionar o Governo Romeu Zema, do partido Novo, a aprovar um aumento de 12,84% no piso salarial da área, retroativo a 1º de janeiro de 2023.

O Projeto de Lei (PL) 822/2023, que estabelece o reajuste, estava previsto para ser votado em segundo turno na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na última quinta-feira, dia 29, mas a votação não ocorreu. Agora, a paralisação servirá como uma forma de pressionar pela votação e aprovação do PL. Durante os dias de paralisação, os servidores da educação estarão se manifestando na ALMG.

Denise Romano, coordenadora geral do Sind-UTE, justifica a paralisação afirmando que acompanharam a pauta da ALMG na última quinta-feira e passaram o dia no local, mas a questão não foi resolvida. Por essa razão, decidiram realizar a paralisação para pressionar o governo a colocar o projeto em votação e aprová-lo.

Romano ressalta que o reajuste é devido desde janeiro e, por isso, os servidores pedem urgência na aprovação. Ela destaca que mais de 30 mil auxiliares de serviço de educação básica no Estado estão recebendo menos do que o salário mínimo. Portanto, é crucial que o reajuste seja aprovado antes do recesso parlamentar. Além disso, eles também solicitam que o valor retroativo seja pago em uma única parcela, já que estão aguardando desde janeiro.

Caso o reajuste de 12,84% seja aprovado, o salário inicial dos professores do Estado de Minas Gerais passará de R$ 2.350,49 para R$ 2.652,29. Vale ressaltar que o piso salarial nacional é de R$ 4.420,55. O governo Zema argumenta que o Estado paga o piso, porém de forma proporcional, levando em consideração que a carga horária estadual é de 24 horas semanais, e não 40. Sendo assim, o valor de R$ 2.652,29 ficaria acima do piso estadual, que, proporcionalmente, seria de R$ 2.652,22 – uma diferença de apenas sete centavos.

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