DECEMBER 9, 2022


2024 NÃO SERÁ UM BOM ANO PARA FICAR EM CIMA DO MURO NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS

“Tem água demais para rolar debaixo da ponte, só ficar em cima do muro é que não será um bom lugar”

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Por: Pecê Almeida

Os pré-candidatos a prefeito de Montes Claros já se movimentam nos bastidores para viabilizar seus nomes. Hoje, conforme já mencionei anteriormente, alguns despontam mais: o vice-prefeito Guilherme Guimarães, a deputada estadual Leninha, o deputado federal Paulo Guedes, o jornalista Délio Pinheiro são alguns “prefeitáveis”. Outros nomes especulados, como os dos deputados estaduais Gil Pereira e Tadeuzinho, dificilmente serão candidatos e podem me cobrar isso depois.

Gil, mesmo tendo sido o mais votado para estadual em Montes Claros, está com a pauta da energia solar e tem no Ministério das Minas e Energia um grande aliado, Alexandre Silveira, que, não bastasse ser amigo pessoal dele, é do seu mesmo partido, o PSD. Já Tadeuzinho, eleito presidente da Assembleia, se cacifou para voos mais altos (não que a Prefeitura de Moc não seja), com muita chance de disputar em futuro próximo eleições para o Senado ou mesmo ser, por exemplo, candidato a vice-governador em alguma chapa majoritária já em 2026.

Dito isso, há uma tendência de polarização nas eleições municipais. De um lado o candidato do prefeito Humberto Souto, que tem grande aprovação popular. Essa candidatura deverá reunir alguns partidos que têm fundo partidário e tempo de televisão expressivos, além, claro, da máquina administrativa do executivo municipal, bem como o apoio do governador Romeu Zema.

Para enfrentar toda essa estrutura, só o PT, com o presidente da República, grande tempo de TV e segundo maior fundo partidário (só perde para o PL de Bolsonaro, que deverá caminhar com o candidato de Humberto Souto ou lançar um bolsonarista raiz sem chance de vitória).

Uma campanha de prefeito é muito diferente de campanha proporcional, por isso não dá para comparar as eleições de 2022 com as de 2024, mesmo que o último pleito tenha colocado alguns nomes em evidência.

Sendo repetitivo, as campanhas precisam ter: 1) tempo de TV e recursos para fazer um bom programa de TV e rádio. Isso custa caro e é a forma mais efetiva de se comunicar com uma cidade desse tamanho. Por causa das inserções ao longo da programação, é tão importante quanto a internet; 2) fundo partidário suficiente para custear a estrutura de mais de uma reunião por dia em todos os cantos da cidade, material gráfico, suporte (santinho e gasolina) para centenas de candidatos a vereador. Não é só ter apelo popular e lançar o nome. Milagres acontecem e candidaturas severinas às vezes decolam, mas é mais fácil ganhar na Mega Sena ou achar agulha no palheiro.

Portanto, quem pretende estar em alguma chapa majoritária nas eleições para o Palácio da Cula Mangabeira, precisa compor com Humberto Souto, com o PT ou fazer um improvável alinhamento com forças que não estão lá muito dispostas a comprar brigas ou gastar desnecessariamente no pleito municipal.

Tem água demais para rolar debaixo da ponte, só ficar em cima do muro é que não será um bom lugar.

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